CUT lança livro A Causa...

Vagner Freitas destacou importância da mobilização das consciências para o êxito da causa palestinaA Central Única dos Trabalhadores lançou nesta quinta-feira durante o Fórum Social Mundial Palestina Livre, em Porto Alegre, o livro “A Causa Palestina”, que será um instrumento de conscientização e mobilização em defesa da paz, da justiça e da soberania contra a política de terrorismo de Estado e apartheid de Israel.

Organizada em capítulos, a obra traz informações sobre a ONU e a Partilha da Palestina, Perda de território Palestino desde 1946, O nacionalismo árabe, A Guerra dos Seis Dias, A Organização pela Libertação da Palestina (OLP), Da Intifada ao Acordo de Oslo, Nova revolta popular, O Muro do apartheid, A OLP na ONU: o reconhecimento negado, Regime de apartheid e BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções) contra Israel, além de sugestões de filmes e livros.

“A política de opressão e segregação adotada pelo governo de Israel não é só contra os interesses da Palestina, mas de toda a Humanidade. Nosso objetivo com este lançamento é qualificar o debate sobre um tema muito divulgado e pouco compreendido e aprofundar a solidariedade com a luta do povo palestino pela sua liberdade”, declarou o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, no evento realizado em conjunto com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

O secretário de Relações Internacionais da CUT, João Felício, lembrou da longa tradição cutista de apoio à causa da justiça e da liberdade, recordando a mobilização contra a política de apartheid na África do Sul, que teve na solidariedade internacional um importante ponto de apoio. “Agora é preciso lutar para isolar a política de agressão e segregação do governo israelense e garantir a consolidação do Estado palestino”, ressaltou.

O presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão, reiterou o compromisso dos educadores em se empenhar na propagação da obra, “que reafirma o nosso compromisso com a luta do povo palestino contra a opressão, a segregação e a injustiça”.

“Esse evento reforça o compromisso de solidariedade ao povo palestino. Iremos levar esse material didático para todas as escolas e sindicatos filiados, mostrando o que realmente é a causa do povo palestino e o que eles reivindicam", declarou Fátima Aparecida da Silva, secretária de relações internacionais da CNTE.

APARTHEID

A representante do Ministério da Educação da Palestina, Reema M Zeid Al-Keilani, fez uma exposição sobre os inúmeros problemas enfrentados pelos educadores e estudantes palestinos diante da ocupação. A divisão de uma escola, a partir da construção do muro do apartheid, separando as salas de aula de um lado e pátio e banheiros de outro, citou, é apenas um dos muitos exemplos. Não há água em muitas regiões, devido ao fato de que os israelenses constroem o muro acompanhando as fontes de água. Sem poderem construir novas escolas, as salas estão superlotadas.   

Entre outras lideranças, o lançamento e o debate contaram com a presença de Juçara Vieira - vice-presidente da Internacional da Educação e Roberto Baradel, secretário geral da Central dos Trabalhadores da Argentina (CTA e Carlos Todeschini - vereador de Porto Alegre.