CUT e demais centrais sindicais protestam contra juros altos em São Paulo
Ato em frente ao Banco Central denuncia que a manutenção da Selic em 15% encarece o crédito, reduz empregos e agrava o custo de vida da classe trabalhadora
Publicado: 09 Dezembro, 2025 - 14h06
Escrito por: Redação CUT | Editado por: Walber Pinto
Centrais sindicais, entre elas a CUT, realizaram, na manhã desta terça-feira (9), um ato em frente à sede do Banco Central, em São Paulo, para protestar contra a manutenção da taxa básica de juros (Selic) em um dos níveis mais altos do mundo. O movimento ocorre às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para esta terça-feira e quarta-feira (10), que deve decidir se mantém ou altera o patamar atual da Selic, hoje em 15% ao ano.
A expectativa entre economistas e lideranças sindicais é de que o Copom mantenha a taxa elevada, vista por muitos como um entrave ao crescimento econômico. Segundo os dirigentes das centrais, o nível atual de juros é “abusivo” e repercute diretamente nos “juros extorsivos” cobrados pelo sistema bancário em todo o país, atingindo em cheio a classe trabalhadora.
Durante o ato, representantes das entidades afirmaram que a política monetária rígida imposta pelo Banco Central tem impactos diretos no cotidiano da população. Entre os prejuízos citados estão o aumento do custo de vida, a desaceleração da atividade produtiva, a retração dos investimentos e a consequente dificuldade de geração de empregos.
A taxa elevada faz com que famílias endividadas paguem mais caro por empréstimos, financiamentos e uso do cartão de crédito, enquanto pequenos e médios empresários enfrentam maiores obstáculos para manter suas atividades ou expandi-las.
Apesar da perspectiva de continuidade da política de juros elevados, movimentos sociais prometem seguir mobilizados. Manifestações nas ruas e campanhas nas redes têm buscado alertar a população sobre o papel das taxas de juros no dia a dia e pressionar o Banco Central a adotar uma política mais compatível com o desenvolvimento econômico e social do país.
As centrais afirmam que continuarão acompanhando as decisões do Copom e defendendo um modelo econômico que considere, antes de tudo, os impactos sobre a classe trabalhadora.
com informações da Contraf-CUT*