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CUT deve cobrar compromissos e aprofundar...

Em Seminário da Escola Sindical Sul, presidente da CUT defende a ampliação de espaços de formação e debate sobre socialismo

Publicado: 26 Setembro, 2011 - 09h04

Escrito por: Vera Gasparetto

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O Seminário Nacional “Socialismo Vivo – o desafio de transformar a realidade”, encerrou na sexta (24) com a Mesa Democracia, Estado e Sociedade - Limites perspectivas da construção da democracia: Reforma ou Revolução? Processo ou Ruptura, que contou com a presença do vice-governador do RS, Beto Grill e presidente da CUT Nacional, Artur Henrique da Silva Santos. Cerca de 150 pessoas participaram com entusiasmo dos debates e avaliaram positivamente a iniciativa da Escola Sul e das CUTs Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

 

“Esse Seminário tem fundamento estratégico para debater mudanças da esquerda. Está no estatuto da CUT, desde sua fundação que a luta do dia-a-dia deve ser articulada com os interesses históricos da classe trabalhadora e que a transformação da sociedade deve ser rumo ao socialismo”, disse Artur.

 

Segundo ele a CUT deve ampliar o debate sobre o tema em outros espaços de formação, “pautando o desenvolvimento com mudanças profundas para mudar o estado e a sociedade rumo ao socialismo”. Para isso é necessário mudar a correlação de forças, pautando junto a sociedade brasileira reformas imediata, como a política (tanto do sistema político-partidário, como do sistema eleitoral), “que garanta mecanismos de participação popular e acabe com o poder econômico das eleições, pois no Brasil não conseguimos nem aprovar a PEC do Trabalho Escravo”. Citou ainda a reforma tributária, agrária e sindical, “pois para nós é fundamental acabar com essa estrutura sindical atrelada ao estado”. Para Artur a luta pela Democratização da Comunicação está na ordem do dia para fazer a disputa de hegemonia. “Precisamos ter a capacidade de denunciar a grande mídia na base”.

 

Ele reafirmou que o dirigente cutista deve fortalecer as políticas públicas e as políticas sociais sem abandonar a tarefa da disputa como capital. Apontou como desafio entender que cada um (partidos, governos e Central) tem o seu papel e autonomia. “A CUT tem posição na disputa do estado brasileiro e seu papel é cobrar compromissos e aprofundar as mudanças”.

 

O vice-governador do Rio Grande do Sul, Beto Grill falou que no estado a aliança feita para garantir a governabilidade traz resultados positivos. Para ele o Brasil tem estabilidade econômica e política frente ao cenário internacional, “ que remetem a um ambiente favorável a soluções dialogadas e negociadas mesmo com os grupos que são adversários ao projeto democrático e popular”. Segundo ele, “o RS está com um projeto de desenvolvimento com distribuição de renda, combate às desigualdades regionais, políticas sociais e a participação da sociedade”.

 

Relatou que uma ampla coalizão na Assembleia estabelece as condições de desenvolver o mandato. “As deficiências que herdamos estão na infra-estrutura (estradas e hidrovias) e na máquina morosa do estado, ainda que com potencial enorme, solo fértil, água em abundância, que dão condições de recuperar o estado”. Segundo Grill, o projeto em curso quer criar um novo bloco para governar o estado, com um sistema de participação popular misto, que inclua a participação virtual (gabinete digital), as experiência dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes), Assembleias para Debater o Plano Plurianual (PPA) e o orçamento participativo (OP).