Crime anti-sindical da Coca-Cola

A CUT-MS e a Federação Estadual dos Trabalhadores da Alimentação do Mato Grosso do Sul denunciaram a Coca-Cola, nesta quarta-feira (10), por crime anti-sindical. De acordo com o presidente da Federação, Vilson Gimenes Gregório, a multinacional coagiu e chantageou trabalhadores na tentativa de inviabilizar a chapa oposicionista que concorre ao Sindicato de Campo Grande.

As eleições convocadas para o dia 8 de agosto estão subjudice, já que o presidente do Sindicato, que é o ex-presidente deposto da Federação, Rinaldo de Souza Salomão, impediu a participação da chapa de oposição. Depois disso, como o juiz mandou intimar Rinaldo, o Sindicato de Campo Grande negociou com a multinacional para que intimasse os candidatos oposicionistas que trabalham na empresa a assinar um documento se desligando da chapa. De outra forma, denunciou Vilson, seriam sumariamente demitidos.

"O antigo presidente da Federação, o Rinaldo, tem sido historicamente um colaborador da empresa, fazendo tudo o que a multinacional quer. Como ele ainda se mantém presidente do Sindicato, faz com que os salários da categoria na capital tenham os piores reajustes, sem aumento real. Como boa parte da chapa de oposição é da Coca-Cola, a empresa intimou os companheiros a assinarem um documento em três vias, o que, evidentemente, atenta contra a liberdade de organização e se configura um crime anti-sindical", declarou Vilson.

Na ação no Ministério Público do Trabalho, o presidente da CUT-MS, Alexandre Júnior Costa, e o da Federação farão denúncias não só contra a postura anti-sindical da Coca-Cola, mas da medida arbitrária defendida pela direção do Sindicato contra os lutadores da categoria.

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