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Confederação Sindical dos Trabalhadores das Américas

Publicado: 02 Abril, 2008 - 11h23

Escrito por: No Panamá, João Felício, Rafael Freire e Denise compõem direção da CSA

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O Congresso da recém-fundada Confederação Sindical dos Trabalhadores das Américas – CSA – terminou às 12 horas deste sábado – 14 horas de Brasília – com a eleição da diretoria da entidade, que contará com a participação dos cutistas João Felício, na vice-presidência Cone Sul, Rafael Freire, na secretaria de Política Econômica e Desenvolvimento Sustentável, e Denise Motta Dau, na suplência. A CSA será presidida pela norte-americana Linda Chávez e terá como secretário-geral o dirigente paraguaio Victor Báez.

Na avaliação de João Felício, pelo programa de ação aprovado, a CSA nasce profundamente comprometida com o sonho dos trabalhadores de todas as Américas, combinando luta, autonomia e enraizamento de base, o que possibilitará uma maior articulação para enfrentar e vencer os grandes desafios colocados para a classe trabalhadora no continente. Estiveram presentes ao evento cerca de 700 delegados, representando 50 milhões de trabalhadores da América do Sul, Central, do Norte e Caribe.

 

Para Rafael Freire, com a unificação da ORIT, da CLAT e de várias entidades independentes na CSA, a confederação reúne todas as condições para unificar a luta dos trabalhadores das Américas dentro de uma perspectiva de esquerda. ´Aprovamos um programa de ação que tem por base a unidade e a mobilização, contempla as necessidades dos trabalhadores e trabalhadoras de garantir melhores condições de vida e de trabalho, numa perspectiva solidária e internacionalista´, destacou.

 

Denise destacou o significado para a luta das mulheres das Américas o fato da CSA ter estabelecido uma cota de 50% de participação feminina no Congresso, o que possibilitou um maior aprofundamento para o debate sobre igualdade e equidade de gênero, que também se refletiu na composição da executiva da confederação.

 

>>A presidente Linda Chávez frisou o empenho da CSA ´nas lutas contra os Tratados de Livre Comércio, que aumentam o poder das empresas enquanto empobrecem os povos´. ´Vamos estar presentes nos locais de trabalho, nas mesas de negociação e nos fóruns internacionais, combatendo as desigualdes de gênero e a discriminação racial, levantando a voz contra as listas negras empresariais, contra as agressões, torturas e assassinatos de sindicalistas´, declarou.

 

Victor Baez chamou a atenção dos presentes para a gravidade da situação na Colômbia e comunicou seu compromisso pessoal em estar presente nas comemorações do 1º de Maio neste país. ´Levaremos nossa palavra de apoio e solidariedade contra os assassinatos de sindicalistas e a impunidade. Da mesma forma, esclareceu, há o compromisso de enraizar por todas as Américas a luta pelo emprego decente, pelo trabalho digno, pelo respeito aos direitos da classe trabalhadora, o direito à vida, à saúde e segurança no trabalho´, assinalou.

 

Para Manoel Messias, da executiva nacional da CUT, ´o objetivo comum de consensuar ações impactará o movimento sindical das Américas de forma extremamente positiva. Há dois pontos principais que dialogam com a agenda cutista, ressaltou, a questão da disputa pelo modelo de desenvolvimento sustentável, com um Estado indutor e inclusivo, e o fortalecimento da luta pela liberdade sindical´.