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Com desaceleração nos preços da alimentação, inflação é menor em maio, diz IBGE

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,26% em maio, 0,17% abaixo do mês de abril

Publicado: 10 Junho, 2025 - 11h28 | Última modificação: 10 Junho, 2025 - 11h39

Escrito por: Redação CUT

Roberto Parizotti (Sapão)
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O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a inflação oficial do país caiu no mês de maio em relação a abril.

A variação de 0,26%, ficou 0,17 ponto percentual abaixo da taxa de 0,43% registrada em abril. No ano, o IPCA acumula alta de 2,75% e, nos últimos doze meses, o índice ficou em 5,32%, abaixo dos 5,53% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio do ano passado, a variação havia sido de 0,46%.

 IPCA

Taxa

Maio de 2025

0,26%

Abril de 2025

0,43%

Maio de 2024

0,46%

Acumulado no ano

2,75%

Acumulado nos últimos 12 meses

5,32%

Variação por grupos

No grupo de maior peso no índice, o de alimentação e bebidas, houve desaceleração de 0,82% em abril para 0,17% em maio, com a alimentação no domicílio saindo de 0,83% para 0,02%. Contribuíram para esse resultado as quedas do tomate (-13,52%), do arroz (-4,00%), do ovo de galinha (-3,98%) e das frutas (-1,67%). No lado das altas destacam-se a batata-inglesa (10,34%), a cebola (10,28%), o café moído (4,59%) e as carnes (0,97%).

“A queda nos preços do tomate pode ser explicada por um aumento da oferta devido ao avanço na safra de inverno, movimento inverso no caso da batata-inglesa, onde a safra de inverno ainda não é suficiente para suprir a demanda. Já no caso da cebola, questões relacionadas à importação do produto da Argentina influenciaram no aumento dos preços”, pontua o gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves.

Também houve queda nos preços para quem come fora de casa. A alta registrada foi de 0,58% em maio, frente ao 0,80% de abril. O subitem refeição acelerou de 0,48% para 0,64% em maio, e o lanche, por sua vez, caiu de 1,38% em para 0,51% em maio.

Em Saúde e cuidados pessoais, que desacelerou de 1,18% em abril para 0,54% em maio, destacam-se os produtos farmacêuticos (0,69%), após a autorização do reajuste de até 5,09% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março, e o plano de saúde (0,57%).

Contribuindo para a desaceleração do IPCA de maio, o grupo dos Transportes apresentou recuo de 0,37% e impacto de -0,08 p.p. Essa queda foi impulsionada pelo resultado da passagem aérea (-11,31%) e dos combustíveis (-0,72%), todos registrando variação negativa em maio: o óleo diesel de 1,30%, o etanol de 0,91%, o gás veicular de 0,83%, e a gasolina de 0,66%.

O que aumentou

Com a vigência da bandeira tarifaria amarela no mês de maio, adicionando R$ 1,885 na conta de luz a cada 100 KWh consumidos, a energia elétrica residencial (3,62%) foi o subitem com o maior impacto individual no índice do mês (0,14 p.p.), destacando-se no grupo Habitação, que acelerou de 0,14% em abril para 1,19% em maio.

No grupo Vestuário (0,41%), sobressaem as altas na roupa feminina (0,84%), na roupa masculina (0,10%) e nos calçados e acessórios (0,10%).

Além de uma estabilidade, inflação fica no campo positivo em todas as localidades pesquisadas

Regionalmente, a maior variação (0,82%) ocorreu em Brasília por conta da alta da energia elétrica residencial (9,43%) e da gasolina (2,60%). A menor variação ocorreu em Rio Branco (0,00%) em razão da queda no ovo de galinha (-9,09%) e no arroz (-6,26%).

 

Região

Peso Regional (%)

Variação (%)

Variação
Acumulada (%)

Abril

Maio

Ano

12 meses

Brasília

4,06

0,04

0,82

3,12

5,59

Belém

3,94

0,44

0,66

3,23

5,49

Fortaleza

3,23

0,60

0,57

2,67

5,37

Recife

3,92

0,22

0,56

2,68

4,33

Goiânia

4,17

0,14

0,49

2,08

5,71

Salvador

5,99

0,16

0,35

2,71

4,89

São Luís

1,62

0,45

0,33

2,68

5,07

Curitiba

8,09

0,37

0,30

2,92

5,23

Aracaju

1,03

0,39

0,24

3,30

4,35

Rio de Janeiro

9,43

0,16

0,21

2,38

4,98

Vitória

1,86

0,33

0,20

2,95

5,15

Belo Horizonte

9,69

0,49

0,17

2,83

5,63

Campo Grande

1,57

0,60

0,13

2,83

5,72

Porto Alegre

8,61

0,95

0,12

3,12

4,66

São Paulo

32,28

0,52

0,12

2,71

5,69

Rio Branco

0,51

0,55

0,00

1,54

5,05

Brasil

100,00

0,43

0,26

2,75

5,32

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços     

O IPCA se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

INPC tem alta de 0,35% em maio

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede o conjunto de produtos e serviços consumidos por famílias com renda mensal média entre um e cinco salários mínimos, também caiu em maio (0,35%) em relação ao mês de abril (0,48%). No ano, o acumulado é de 2,85% e, nos últimos 12 meses, de 5,20%, abaixo dos 5,32% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2024, a taxa foi de 0,46%.

Os produtos alimentícios desaceleraram de abril (0,76%) para maio (0,26%). A variação dos não alimentícios passou de 0,39% em abril para 0,38% em maio.

A pesquisa completa do IBGE pode ser lida aqui