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Cargill adultera arroz na Venezuela e tem...

Publicado: 11 Março, 2009 - 12h31

Escrito por: Hora do Povo

"Os alimentos do povo são sagrados", afirmou o presidente Hugo Chávez, em reunião do Conselho de Ministros no Palácio de Miraflores, transmitido pela rede Venezuelana de Televisão (VTV). Ele ordenou a expropriação da processadora de arroz Santa Ana pertencente à multinacional norte-americana Cargill, devido a que "não estão produzindo um só pacote de arroz branco, com o preço regulado pelo Governo, mas produzem 2 mil 400 toneladas por mês do parboilizado, tratado com um corante, que não é objeto de regulação. Essa manobra é usada para elevar o preço em mais de 100%", ressaltou.

Assinalou que as medidas tomadas recentemente pelo Governo foram pensadas para garantir o bem-estar de todo o povo. Indicou ao Ministro de Agricultura e Terras, Elías Jaua, que prepare os decretos de expropriação de todas as empresas que não cumpram com a regulação estabelecida pelo Governo para garantir a segurança alimentar do país.

SOBERANIA ALIMENTAR

"Lembremos que a Lei de Soberania e Segurança Alimentar determinou a alimentação como de utilidade pública; ou seja, para se proteger os direitos do povo de violações já não tem que passar pela Assembléia Nacional porque está decretado por lei. Só falta que você assine o decreto e se inicia o processo de expropriação", respondeu o ministro Jaua ao presidente.

Esta decisão implica assumir o controle operativo e administrativo da empresa, para dar continuidade ao processo produtivo sem afetar os funcionários que trabalham na empresa Cargill.

Chávez dirigiu-se aos grandes monopólios privados frisando que eles não suam uma só gota no trabalho, compram o arroz do produtor a menos de 1 bolívar [moeda venezuelana], o trilham, o empacotam e depois querem vendê-lo a mais de 4 bolívares. "Abuso não. Acreditamos que os empresários podem trabalhar honestamente e contribuir com o desenvolvimento do país, mas não vamos deixar nenhuma porteira aberta para o abuso contra o povo. A briga de vocês, se insistirem nessa política, não é contra o governo, é contra a Lei", advertiu o presidente.

O ministro afirmou que os venezuelanos podem estar tranquilos, porque há mais de 300 mil toneladas de arroz nos silos públicos e privados do país. "Está garantido o arroz para todas e todos os venezuelanos", concluiu Jaua.