Campanha salarial dos radialistas

ACentral Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT-MG) e o Sindicato dosTrabalhadores em Radiodifusão e Televisão de Minas Gerais (Sintert-MG) fizerammanifestações nas emissoras de rádio e TV de Belo Horizonte nesta segunda-feira(17), por um reajuste salarial justo. Os radialistas estão em campanha salariale a data-base da categoria é abril. Foi a primeira grande manifestaçãocategoria desde 1995.

 

Emsua pauta de reivindicações, os radialistas pedem a reposição dos salários combase no INPC (5,3%), mais aumento real de 3%. Para o piso salarial da categoria(R$ 808 para rádio e R$ 940 para TV), eles querem 15%.  Os patrões ofereceram apenas 4,5%.

 

ACUT-MG e o Sintert-MG foram a todas as emissoras, das 8 horas às 17 horas. Comum carro de som, eles primeiro passaram no Sindicato Patronal, no BairroBelvedere, e depois passaram pela Rádio Globo e CBN, TV Bandeirantes e RádioInconfidência. A Rádio Itatiaia abriu as portas para os sindicalistas, quepuderam falar no programa “Chamada Geral”, apresentado por Eduardo Costa.

Opresidente da CUT falou aos trabalhadores das emissoras de rádio e TV dandoapoio ao movimento dos radialistas. “Apesar das aparências, com a mídiacomprometida com a direita e tendenciosa, nos bastidores, os radialistas ganhamuma miséria. Eles não compartilham do lucro de R$ 12 bilhões das empresas. Ospatrões precisam valorizar os trabalhadores, principalmente num ano de grandescoberturas como a Copa do Mundo e as eleições. Mas, se os patrões insistirem empagar um reajuste abaixo da inflação, os trabalhadores estão dispostos a parare não teremos transmissão do Mundial da África do Sul e muito menos coberturadas eleições”, disse Marco Antônio.

Amanifestação surtiu efeito imediato. O Sindicato Patronal, que havia canceladoa rodada de negociações desta segunda-feira, ligou para o Sintert-MG parapropor a prorrogação da data-base. O Sindicato dos Radialistas já haviaencaminhado pedido à Superintendência Regional do Ministério do Trabalho eEmprego (SRTE) para audiência com os patrões.

Osdirigentes da Central e do Sindicato foram também às TVs Globo, Alterosa eRecord. A manifestação sofreu repressão apenas na TV Record. O pastor CarlosAlves, diretor-presidente da emissora chamou a Polícia Militar, por causa docarro de som. Os policiais apenas abordaram os manifestantes, quando eles saíamda Record.

Participaramdas manifestações dos diretores do Sintert-MG Nascimento Silva (coordenador),Valdir Costa Nascimento (coordenador), Anderson Rocha, Washington Bittencourt eCarlos Júnior.