Campanha salarial dos metalúrgicos
Publicado: 28 Junho, 2007 - 10h15
Escrito por: “Se o preço é nacional, quero salário igual”
Ao som de “Se o preço é nacional, quero salário igual”, cerca de dois mil metalúrgicos de vários Estados e regiões de São Paulo realizaram manifestações na quarta-feira, dia 27, nas sedes da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e do Sinfavea (Sindicato Nacional dos Veículos Automotores - Montadoras). As atividades marcaram o Lançamento da Campanha Salarial 2007 dos metalúrgicos da CUT, representados pela CNM-CUT e FEM-CUT/SP.
Estão em campanha 1 milhão de trabalhadores dos setores automotivos, eletro-eletrônico, bens de capital, siderúrgico, alumínio, naval e aeroespacial em todo o Brasil, deste total 250 mil estão no Estado de São Paulo, cujas datas-base dividem-se em: agosto (grupo 9 – máquinas e eletrônicos); setembro (montadoras, auto-peças e fundição) e novembro (lâmpadas, estamparias, entre outros – grupo 10).
Um grupo de sindicalistas -- representado pelos presidentes da FEM-CUT/SP, Valmir Marques (Biro Biro), da CNM-CUT, Carlos Alberto Grana, do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijóo, pelo Secretário Geral da CUT/SP, Adi dos Santos (ex-presidente da FEM-CUT/SP), Secretário Geral da CNM-CUT Valter Sanches entre outras lideranças metalúrgicas – entregou a primeira pauta na parte da manhã para a ABIFA (Associação Brasileira de Fundição), que foi protocolada pelo Secretário de Relações Sindicais Roberto Oliveira.
Depois os sindicalistas foram à FIESP e entregaram as pautas para os responsáveis pelos grupos 9, Valdemar Andrade, e 10, Roberto Ferraiollo. Os representantes do Sinfavea, Nilton Junior, e do Sindipeças, William Mufarej, receberam as pautas de reivindicações na parte da tarde.
Reivindicações e Negociação
O presidente da FEM-CUT/SP, Valmir Marques (Biro Biro), disse que a categoria está unida e não quer apenas a reposição da inflação e aumento real. “E preciso avançar na melhoria das cláusulas sociais que beneficiem as mulheres, os negros/negras, os jovens e os portadores de necessidades especiais. Está na hora dos patrões darem atenção para estas questões”, frisou.
Segundo Carlos Alberto Grana, presidente da CNM-CUT, o custo de vida em todo o território nacional é igual, mas em contrapartida os salários dos metalúrgicos em alguns Estados são desiguais; está desigualdade, além de injusta, também prejudica as empresas. “Por isso é importante fazer um Contrato Coletivo Nacional que garanta um piso salarial igual, nivelado para cima, para todos os trabalhadores. Não é justo, um metalúrgico de Sete Lagoas (MG) ganhar bem menos do que um metalúrgico de São Paulo, sendo que o custo da produção é igual em ambos os Estados”, finaliza.
Grana entregou aos representantes patronais a publicação “Dos Salários às Compras”, elaborada pelo Dieese, que comprova esta realidade. O estudo analisou o poder de compra em horas de trabalho dos metalúrgicos em 54 municípios com produção automobilística, siderúrgica e autopeças no período de julho a outubro de 2006 e comparou os seus gastos com uma cesta de 156 produtos/serviços, que inclui desde alimentação às despesas pessoais.
Os grupos patronais vão analisar as reivindicações da categoria e, em breve, divulgarão um calendário da primeira rodada de negociação.
Principais reivindicações da Campanha Salarial dos Metalúrgicos da CUT 2007:
Redução da Jornada de Trabalho, sem Redução dos Salários;Reposição Integral da Inflação com Aumento Real nos Salários; Unificação dos pisos e das datas-base de todos os grupos para setembro e rumo ao Contrato Coletivo Nacional de Trabalho; Renovação e Avanços nas Cláusulas Sociais.
Mais informações com o presidente da FEM-CUT/SP, Valmir Marques, Biro Biro, pelo tel: (11) 7100- 0658