Bancários do HSBC na região do ABC...

 

Os funcionários do HSBC estão indignados com a postura da instituição por não se manifestar, ignorando os intensos protestos da categoria contra a proposta da PLR (Participação dos Lucros e Resultados) manipulada.

"Os funcionários não esqueceram o descaso do banco. O trabalhador quer ser valorizado e merece mais respeito. Por isso, somos incansáveis na luta por melhores condições de trabalho, aumento salarial e principalmente, neste momento, por uma PLR integral e sem desconto algum", afirma o Secretário de Finanças do Sindicato e funcionário do HSBC, Belmiro Moreira.

Repressão - No último dia 30, foram realizadas manifestações em todo o país, onde os bancários do HSBC se vestiram de preto e caracterizaram como o Dia do Luto. Em Santo André houve Marcha Fúnebre e enterro simbólico do presidente do HSBC, Conrado Engel. Mas, a instituição tentou coibir os protestos e mandou carta aos funcionários, um dia antes da manifestação, pedindo para que todos fossem trabalhar com a camisa do time preferido, ou com a camisa da seleção, transformando este dia em ‘Dia Olímpico de Vendas'.

"Este tipo de ação mostra a repressão do banco contra o direito da categoria de se manifestar", lamenta Belmiro.

Protestos - Os bancários continuam mobilizados com o objetivo de que o banco retome as negociações e apresente uma proposta de PLR melhor. As manifestações do ABC estão estampadas nas portas das agências, mas estas também são reprimidas e retiradas às pressas assim que começa o horário de atendimento bancário. 

HSBC divulgou recentemente balanço apontando lucro de R$ 2,1 bilhões no primeiro semestre. Entretanto, em uma manobra contábil, provisionou R$ 1,9 bilhão, diminuindo o valor do seu lucro líquido para R$ 249,761 milhões (o menor lucro divulgado pelo banco e que será a base da PLR dos bancários).