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Bancários de Recife paralisam BNB em...

Publicado: 29 Março, 2012 - 09h41

Escrito por: Contraf-CUT com Seec Pernambuco

Os funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) no Recife paralisaram por uma hora suas atividades nesta quarta-feira, dia 28, em protesto contra a tentativa de redução da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Durante o ato, realizado no início da tarde em frente ao centro administrativo do BNB na avenida Conde da Boa Vista, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco distribuiu bolo de rolo para denunciar a enrolação do BNB nas negociações.

 
As manifestações também atingiram o BNB em outros estados e fizeram parte do Dia Nacional de Luta dos funcionários. Segundo a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, os funcionários estão indignados com a tentativa da empresa de reduzir a PLR.


"Fizemos esta paralisação de uma hora para mostrar ao banco a nossa indignação. Os funcionários da agência e dos departamentos do BNB que funcionam no prédio administrativo desceram logo após o almoço e realizamos um ato pacífico para protestar contra a possível redução na PLR. Os trabalhadores do banco decidiram manter o estado de greve e, caso não haja avanços nas negociações sobre a participação nos lucros, podemos parar as atividades por tempo indeterminado", ressalta Jaqueline.


Segundo levantamento do Dieese, a PLR dos bancários do BNB pode ter uma queda de 16,2%, o que pode, inclusive, obrigar os bancários a devolverem parte do dinheiro recebido na primeira parcela da participação nos lucros, paga no final do ano passado, após o fechamento da Campanha Nacional.


Em negociação realizada no último dia 16 de março, os representantes do BNB informaram aos sindicatos que o banco pretende distribuir apenas R$ 2,6 milhões para pagamento da segunda parcela da PLR, valor bem menor que o recebido no ano passado, embora o lucro da empresa tenha aumentado.


De acordo com o diretor do Sindicato, Alan Patrício, que representa Pernambuco na Comissão Nacional dos Funcionários do BNB, essa redução é causada pelo conservadorismo do banco, que fez uma altíssima provisão no seu balanço para créditos de liquidação duvidosa. "Os funcionários não têm nada a ver com os provisionamentos do BNB e não podem pagar por isso", afirma Alan.


Na terça-feira, dia 27, o banco sinalizou com uma nova proposta de PLR na tentativa de barrar o Dia de Luta dos Bancários. A proposta, no entanto, ainda não é oficial e depende da autorização do governo.


Segundo o banco, além do percentual de 8,64% do lucro líquido de R$ 314,73 milhões (previsto para a segunda parcela) e os 3% da PLR Social, o BNB está buscando autorização dos Ministérios da Fazenda e Planejamento para pagar mais 2% do lucro na forma de um adicional. Graças à pressão dos sindicatos, os bancários agora receberiam 11% do lucro líquido do banco.


"Vamos continuar mobilizados e prontos para a luta. Até porque, esta proposta ainda não está assegurada e depende da autorização do governo", finaliza Alan.