Assembleia Legislativa de Goiás aprova novo...
Sintego convoca categoria para uma nova assembleia no dia 2 de fevereiro
Publicado: 24 Janeiro, 2012 - 14h51
Escrito por: Sintego
Mais uma vez, o governador Marconi Perillo e o secretário estadual de Educação, Thiago Peixoto, com o apoio da base aliada do governo na Assembleia Legislativa de Goiás, aplicaram um duro golpe contra os trabalhadores em Educação da rede estadual.
A aprovação do processo 78/2012 pelos deputados estaduais reforça o estrago feito na carreira dos professores, ao achatar ainda mais a tabela quando corrige o piso salarial de R$ 1.395 para R$ 1.460. Também traz prejuízos para os funcionários administrativos, uma vez que não respeita a carreira ao corrigir o salário mínimo estadual para R$ 622 e não corrige uma distorção grave, que é a dependência de milhares de trabalhadores de complemento para receber o equivalente ao salário mínimo.
O Sintego tentou negociar com os deputados para que o projeto fosse modificado ou que, pelo menos, fosse discutido com os trabalhadores e com o governo, uma vez que a categoria foi novamente surpreendida pela forma como o projeto foi apresentado e aprovado, mais uma vez sem nenhum diálogo.
As propostas feitas pela diretoria do sindicato foram apresentadas em formas de emenda pela bancada de oposição da Assembleia, mas derrubadas pela base, que tem ampla maioria na casa. Votaram contra a aprovação do processo 78 e à favor dos educadores os deputados Mauro Rubem (PT), Humberto Aidar (PT), Luis Cesar Bueno (PT), Bruno Peixoto (PMDB), José Essado (PMDB), Daniel Vilela (PMDB), Major Araújo (PRB) e Misael Oliveira (PDT).
O Sintego esteve presente nas votações da matéria, nas noites de sexta-feira, sábado e domingo, entretanto deputados governistas fizeram questão de ignorar os apelos dos professores e administrativos presentes, Informação veiculada na mídia afirma que Thiago Peixoto teria oferecido R$ 50 mil em emendas parlamentares para cada deputado que votasse a favor do processo pudesse destinar uma escola de sua base eleitoral.
“O secretário Thiago Peixoto, em nenhum momento, se apresentou para discutir o projeto. Pelo contrário. Preferiu se esconder. E não houve debate. Vimos a base do governo atacar de forma rasteira e vulgar as críticas e argumentos apresentados pelo Sintego e pelos deputados que apoiaram os trabalhadores. Fica bastante claro que o governo não tem nenhuma intenção de valorizar o educador”, disse Iêda Leal.
Conforme determina o projeto, trabalhadores administrativos que trabalham 40 horas por semana terão um vencimento inicial mínimo de R$ 622. Entretanto, grande parte dos funcionários da Educação tem carga de 30 horas e vão receber o valor equivalente, continuando a injustiça de quem trabalha 40 ou 30 horas receberem o mesmo salário.
O piso salarial foi reajustado apenas para os professores nível PE-I, apenas 3% da categoria. Enquanto isso, outros 29 mil ficaram com os salários achatados em 12%.
“O governador modifica a lei e a ignora a carreira dos professores e administrativos, zombando com os educadores e enganando a sociedade. Nunca se viu isso de rasgar o plano de carreira para se adequar à lei. Piso e carreira andam juntos”, disse Bia de Lima, tesoureira do Sintego.
No próximo dia 2 de fevereiro, o Sintego realiza uma assembleia geral para discutir os rumos dos trabalhadores. Até essa data, todos os diretores do sindicato estarão mobilizados, fazendo visitas às escolas para conversar com os trabalhadores e fazendo panfletagem nas ruas para esclarecer à sociedade o estrago que o governo Marconi está fazendo na Educação.