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APP-sindicato denuncia: governo coloca em risco vida dos trabalhadores da educação

Governador Ratinho publicou decreto que define que a entrega de merenda escolar será mantida mesmo com estabelecimentos sem estudantes e entidade reage: “é uma incoerência sem tamanho”

Publicado: 23 Março, 2020 - 13h46 | Última modificação: 23 Março, 2020 - 13h50

Escrito por: APP-Sindicato

Hedeson Alves/ AEN-PR
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Uma afronta! Dessa forma a direção estadual da APP-Sindicato definiu o novo decreto estadual, emitido pelo governador Ratinho Junior, que obriga trabalhadoras e trabalhadores das escolas estaduais a manterem os estabelecimentos de ensino da rede estadual abertos em plena pandemia do coronavírus.

“Exigir que servidores, na maioria mulheres, tenham que manter as escolas abertas durante a quarentena é uma incoerência sem tamanho, já que o próprio governo estadual e prefeituras municipais vem adotando medidas para que as pessoas permaneçam em casa com o objetivo de conter a pandemia do vírus causador da covid-19”, afirmou Hermes Leão, presidente da APP-Sindicato.

A entidade vem travando uma luta com o governo estadual para que a vida dos estudantes,  das trabalhadoras e dos trabalhadores em educação sejam preservadas. Por isso, foi a primeira entidade a pedir ao governo a suspensão do calendário escolar já no último domingo (15).

Logo após,  a APP Sindicato voltou a reafirmar que as escolas devam permanecer fechadas. Além disso, colocou suas estruturas de hospedagem a disposição das equipes de saúde neste período de combate ao novo coronavírus.

Infelizmente, no último sábado (21), o governo do Paraná decidiu autorizar a convocação de funcionárias e funcionários e a abertura das escolas estaduais para o recebimento de itens da merenda escolar, mesmo neste período em que não há atendimento aos estudantes.

“O governo demonstra total desprezo com pessoas que diariamente prestam um importante serviço à população nas nossas escolas. Além disso, mostra sua total desorganização, já que nossa sugestão era de que os fornecedores fossem contatados para suspender as entregas e, com isso, diminuir os riscos de contaminação de milhares de pessoas”, ressalta Hermes.

Ele afirmou, ainda, que não é objetivo do sindicato deixar as famílias sem o chamado “Leite das Crianças” ou que estudantes fiquem sem merenda, mas sim que o poder público dê esta tarefa para os órgãos de assistência social.

“Sugerimos, inclusive, que o governo do Estado repasse a gestão destes produtos para os órgãos de assistência social dos municípios que já acompanham famílias através de programas sociais e podem dar melhor destinação aos produtos”, finaliza o presidente da APP.

A APP-Sindicato, através da direção estadual, está em contato permanente com representantes do Conselho da Alimentação Escolar e também do governo para reverter mais essa medida abusiva do governo Ratinho Jr. A orientação do sindicato é de que as pessoas continuem seguindo as orientações dos órgãos de saúde e permaneçam em suas casas.