Acidente com aeronave na Bacia de Campos

O Sindipetro-NF foi informado na tarde desta terça-feira, 26, da ocorrência de um acidente aéreo próximo a P-18, no Campo de Marlim, na Bacia de Campos. As informações preliminares que chegaram ao Sindicato eram de que havia 20 pessoas a bordo, sendo 17 passageiros e três tripulantes e de que a aeronave havia feito um pouso forçado no mar.

A Petrobrás só se manifestou publicamente sobre o acidente às 20h17, quando divulgou uma nota à imprensa, informando que o fato ocorreu por volta das 16h30, a 109 quilômetros da costa, com 20 pessoas à bordo, das quais 15 haviam sido resgatas com vida e uma havia falecido. Segundo a nota da Petrobrás, quatro pessoas ainda não haviam sido localizadas.

A FUP (Federação Unica dos Petroleiros) e o Sindipetro-NF (Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense) estão buscando maiores informações sobre o acidente, que ocorreu justamente quando o sindicato realizava uma campanha regional por segurança nos vôos. Em matéria divulgada recentemente em seu boletim, o Sindipetro-NF já alertava: “No caso específico da segurança aérea, apesar de alguns avanços, há muito ainda a ser implementado para que sejam consideradas seguras as operações. O sindicato, que participou das mais recentes comissões de investigações de acidentes na Bacia de Campos, cobra em diversas frentes a correção de fatores que aumentam os riscos nos vôos. Outro problema crônico é a subnotificação. São comuns os relatos dos petroleiros sobre problemas em vôos que não são devidamente registrados. São panes, retornos ao local de decolagem, entre outras situações que são abafadas”.

Nos últimos anos, dois grandes acidentes aéreos na Bacia de Campos deixaram à mostra a deficiência da Petrobrás na gestão da segurança dos trabalhadores que embarcam para as plataformas da região. No dia 22 de julho de 2004, um helicóptero da empresa BHZ caiu no mar com 11 trabalhadores a bordo, dos quais somente cinco sobreviveram. No ano anterior, a mesma empresa havia protagonizado outro acidente fatal com uma de suas aeronaves, causando a morte de cinco trabalhadores. Acidentes aéreos semelhantes também ocorreram no Amazonas, em novembro de 2003 e em janeiro de 2004, totalizando três óbitos.