58% dos beneficiários do auxílio emergencial desaprovam governo Bolsonaro
Outros 30% aprovam administração federal, segundo pesquisa feita pelo PoderData
Publicado: 29 Abril, 2021 - 13h00 | Última modificação: 29 Abril, 2021 - 17h07
Escrito por: Redação CUT

O governo do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) é desaprovado por 58% dos brasileiros que receberam o auxílio emergencial em 2020, segundo pesquisa da PoderData.
De acordo com a pesquisa, outros 30% do mesmo grupo aprovam a gestão federal, e 12% não souberam responder a pergunta.
O auxílio emergencial, aprovado pelo Congresso Nacional no ano passado, previa pagamento de três meses de beneficio a desempregados e informais, os mais afetados pelas medidas de isolamento social decretas por governadores para conter a pandemia do novo coronavírus, reduzindo número de pessoas infectadas e mortas. Bolsonaro queria pagar R$ 200, mas o Congresso estabeleceu o valor de R$ 600 – R$ 1.200 para mães chefes de família. Quando foi prorrogar o benefício, em setembro de 2020, Bolsonaro reduziu o valor pela metade. Em dezembro, apesar da pandemia estar descontrolada no Brasil, o governo parou de pagar.
Este ano, o governo decidiu pagar um novo auxilio, mas o valor é ainda menor – média de R$ 150 a R$ 370 - e para metade das pessoas que receberam no ano passado.
O PoderData mostrou que, no início de abril, 82% da população achava “muito baixo” o valor do novo benefício (em média, R$ 250).
Avaliação entre não-beneficiários
De acordo com a PoderData há um certo equilíbrio entre o humor dos que receberam e dos que não receberam o auxílio em 2020. São 58% e 57% de desaprovação, respectivamente.
A aprovação é levemente maior entre os não-beneficiários (38%) do que no grupo que recebeu o dinheiro (30%). Na avaliação geral, a taxa é de 35%.
Metodologia da pesquisa
A pesquisa PoderData foi realizada de 2ª a 4ª feira desta semana, dias 26 a 28 de abril.
A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Foram feitas 2.500 entrevistas em 482 municípios nas 27 unidades da Federação.
Confira aqui a íntegra da pesquisa.