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Artigo

Viver foi o grande desafio em 2020

Publicado: 31 Dezembro, 2020 - 00h00

O ano de 2020 configurou-se o mais desafiador para a classe trabalhadora. Já havia um processo de desmonte do Estado brasileiro. E com a pandemia do novo coronavírus tudo isso foi agravado com o descaso e irresponsabilidade do governo Bolsonaro. Teve-se que viver e conviver com tantos danos sofridos como as quase 200 mil vidas perdidas para a CovidD-19 e aumento desenfreado de contágio.

O mundo começou a vacinação e, por aqui brasileiros e brasileiras aguardam por uma campanha nacional gratuita e eficaz de imunização, sem data determinada para seu início. Um total descaso do desgoverno Bolsonaro.

Diante desse caos que o país atravessa com um elevado número de desemprego, ainda se tem que suportar e assistir os horrores do deboche do presidente do cargo maior da República ao colocar em dúvida as torturas vividas durante a Ditadura Militar por uma mulher brasileira, a ex-presidenta Dilma Roussef, esta que dedica sua vida desde a juventude à militância política pelos direitos sociais, humanos de seu país.

Apontando problemas como o aumento do sofrimento das pessoas em situação de rua, das lutas coletivas dos povos quilombolas, das comunidades ribeirinhas, povos indígenas, populações negras tem se visto uma condução de erros graves nas questões fundamentais relacionadas às áreas da economia, educação, saúde. Contudo, é importante elaborar e ter planos para garantir os direitos básicos dos cidadãos para dar um freio no aumento da desigualdade social.

Mesmo com desdém de Bolsonaro com as dores pelas perdas de tantos companheiros e companheiras das lutas políticas, de amigos, vizinhos, vitimados pela Covid-19, as Centrais Sindicais, as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e parlamentares progressistas lutaram e construíram ações, neste ano de pandemia, em defesa à vida, na qual a Central Única dos Trabalhadores (CUT) contribuiu no processo. E foi essa pressão com o apoio da população que enfrentou a proposta do governo Bolsonaro de duzentos reais, diante da nossa proposta de um salário mínimo, e conseguiu garantir a aprovação do auxílio emergencial de seiscentos reais a tantas famílias brasileiras desamparadas pelo poder público.

Ainda assim, com todas as dificuldades como o aumento das queimadas, foram articuladas e realizadas negociações salariais, campanhas de solidariedade, de defesa do SUS, defesa dos empregos, esclarecimentos e mobilizações durante as eleições municipais, a aprovação na área da educação do novo Fundeb. E a CUT também foi para as redes sociais proporcionando um aprendizado gigante com ativismo sindical na internet, como no 1° de Maio, com mais de dez milhões de acessos em sua plataforma digital.

Seguindo na luta contra esse desgoverno autoritário e medíocre, que tem no cargo um presidente da República desprezível, preocupados com o desabastecimento e o preço dos alimentos, os movimentos sociais do campo construíram uma plataforma emergencial para garantir políticas públicas de abastecimento e segurança alimentar, com isso reforçando a luta por medidas de ampliação do orçamento para agricultura familiar que se revelou fundamental para o abastecimento do país e na produção de alimentos saudáveis.

Trabalhadores e trabalhadoras, com todas as dificuldades durante todo o ano, mantivemos a luta por acreditar em uma sociedade justa, solidária e exigimos o reconhecimento dos direitos civis, trabalhista, sociais e ambientais. Além de imprescindíveis ações pela universalidade e gratuidade da vacina contra o Covid-19.