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Artigo

Precisamos de uma educação antirracista e acolher a aluna que sofreu racismo no Colégio Mackenzie (SP)

Publicado: 09 Maio, 2025 - 00h00 | Última modificação: 09 Maio, 2025 - 18h07

Essa semana nos deparamos com mais um caso de racismo e que quase levou uma jovem de 15 anos ao suicídio. Bolsista de um Colégio Mackenzie, em Higienópolis, bairro nobre de São Paulo, vinha sofrendo ataques racistas e homofóbicos que tiveram início desde a sua entrada na instituição. Os estudantes a chamavam de “cigarro queimado”, “lésbica preta”, “cabelo nojento”, entre outros termos racistas. Segundo a advogada da família, a instituição já havia sido informada pela mãe da jovem, mas não tomou providências.

Essa escola realizou uma ação filantrópica, concedendo uma bolsa de estudos para essa jovem negra, mas não preparou um ambiente escolar que a acolhesse e a mantivesse estudando. Ao contrário, quase a fez perder a vida por não promover um ambiente antirracista.

A escola tem um papel crucial no combate ao racismo e deveria ser o eixo principal da mudança na sociedade. Se as instituições de ensino estivessem seguindo os parâmetros pedagógicos e incluído a educação antirracista baseada na lei 10639, que inclui o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena, a valorização da diversidade e o combate aos estereótipos, seria um elemento de diálogo e mudanças profundas dentro do âmbito escolar.

Algumas práticas filantrópicas podem não reconhecer o racismo como um obstáculo para o desenvolvimento inclusivo e sustentável, contribuindo para a manutenção de desigualdades raciais. São necessárias ações de mudança, visando a promoção da igualdade racial, o enfrentamento das desigualdades e a transformação social.

Precisamos eliminar o racismo e construir uma sociedade mais justa e igualitária e fazer com que as escolas sejam espaço de acolhimento e aprendizado.

Basta de racismo no trabalho e na vida!