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Artigo

Para enfrentar o golpe contra a democracia é preciso unidade da esquerda brasileira

Publicado: 10 Março, 2016 - 00h00

O Dia Internacional das Mulheres deste ano foi bem diferente de qualquer outro que já vivi. E não é só porque foi o meu primeiro 8 de março como Secretária Nacional da Mulher Trabalhadora. Foi muito mais que isso!

As manifestações das mulheres por todo país foram emocionantes. Ver as mulheres da cidade, do campo, das águas e das florestas nas ruas travando a batalha contra este sistema machista, racista e patriarcal foi lindo e me comoveu, porque somos milhares em cada canto do Brasil em luta em defesa de um bem comum, da igualdade e contra violência.

E isso foi importante porque vivemos períodos difíceis, a democracia do nosso país corre sério risco e, consequentemente, os direitos das mulheres também. Existe um golpe orquestrado em curso bem parecido com o que aconteceu em 1964. A diferença é que agora o golpe contra a democracia está sendo articulado pelo poder judiciário, em aliança com a mídia, o mercado financeiro, a oposição e setores da sociedade interessados em tirar a Presidenta Dilma do governo, prender o Presidente Lula e inviabilizar sua candidatura em 2018 e destruir as organizações de esquerda do nosso país (partidos e movimentos sociais).

Os golpistas já entenderam que por voto não conseguirão tomar o poder, por isso tentam impor um Estado de exceção e usam a operação Lava Jato para conquistarem esse objetivo. O judiciário, politicamente, determina os culpados e, seletivamente, passa as informações para os meios de comunicação que os apresenta como culpados para a população.

É preciso defender a democracia e o Estado de direito para não retrocedermos. Temos que defender o projeto democrático popular. O momento exige a unidade dos movimentos sociais para garantir os direitos que com muita luta, e organização, conquistamos na Constituição Federal de 1988.

Como podemos ver a luta é grande. Todos os direitos conquistados nos últimos anos estão em risco. Por isso, o poder das ruas é fundamental para transformar os rumos do país. No ato das mulheres reafirmamos somos contra qualquer retirada de direitos e não iremos nos calar.

Estaremos nas ruas nos próximos dias 18 e 31 de março para mostrar para a sociedade brasileira que nesta guerra quem perde somos todas e todos nós. Sem democracia não há direitos e não há liberdade.

Só com unidade, com o povo na rua, e com muita organização, é que poderemos ganhar esta batalha. Precisamos estar unidas para defender a democracia.

Juntas somos fortes!