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Não é CPI.

Publicado: 26 Maio, 2009 - 00h00

 

Historicamente o PSDB, acompanhado pelo DEM (PFL morto), apresenta-se contra a Petrobras, empresa brasileira que responde por mais de 10% do PIB nacional e por cerca 60% do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). A Petrobras foi criada pela soberania do povo brasileiro e é o resultado concreto da inteligência brasileira que colocou a empresa entre as dez maiores petrolíferas do mundo, ainda que aquelas tenham cem anos a mais de atuação.

 

As "Big Oil", as "Sete Irmãs", que, recentemente, se tornaram cinco, através de fusões, originaram-se da mente gananciosa de John D. Rockefeller.

 

Essas empresas gigantes, ao longo da história, desde a descoberta de petróleo, em 1859, nos Estados Unidos, foram criadas e se consolidaram ignorando os interesses da sociedade, desrespeitando as leis, afrontando os poderes constituídos, formando trustes, maltratando trabalhadores e agredindo violentamente o meio ambiente.

 

Não satisfeitas com a apropriação do petróleo nos seus países de origem, elas ultrapassaram fronteiras e mares, corrompendo governantes. Interferiram na soberania dos povos, patrocinando guerras, com o objetivo único de avançarem e de se apropriarem das jazidas de petróleo e gás, como no Oriente Médio, na África, na América Latina e dentro de outras fronteiras. Assim sempre agiram e assim agem ainda hoje e, para tanto, financiam campanhas políticas e gastam milhões de dólares com lobistas. Com o poder monetário que acumularam ao longo dos anos financiam a peso de ouro campanhas, elegendo governos comprometidos, nos quais indicam representantes para cargos estratégicos aos seus interesses.

 

Interesses por trás da CPI

 

Interesses dessas empresas e interesses políticos estão por trás dessa CPI.

 

Esse tipo de meio de chegar e permanecer no poder interessa e atrai políticos brasileiros, cujos partidos não têm compromisso com o Brasil, defendem os interesses externos e entregam o patrimônio público, causando prejuízos irreparáveis ao povo brasileiro. Inspirados em modelos de mercado aberto e desregulado, em atuações empresariais agressivas, lobistas e criminosas e submissos aos interesses estrangeiros, os tucanos de FHC e Serra atacaram a soberania do povo brasileiro em 1997, alterando a Constituição e revogando a lei 2004/53 que efetivamente garantia o monopólio estatal do petróleo no Brasil. Com a Emenda constitucional nº. 9 e com a lei 9.478/97, eles permitiram que empresas estrangeiras pudessem apropriar-se do petróleo e do gás brasileiros através das conhecidas rodadas de licitação. Criaram a Agência Nacional do Petróleo - ANP, que foi presidida pelo genro de FHC, David Zylberstein. Essa agência apropriou-se de todo o acervo da Petrobras, acumulado durante 53 anos de pesquisas fotogramétricas, sísmicas e geológicas, e colocou essas pesquisas à disposição de diretores da ANP que haviam sido, inclusive, diretores de outras empresas petroleiras.

 

Os tucanos colocaram um estrangeiro, Henri Phillippe Reischtul, suspeito de espionagem, indicado pelo genro de FHC, na presidência da Petrobras. Reischtul tentou mudar o nome da Petrobras para "Petrobrax", para privatizá-la, mas nisso os tucanos não tiveram êxito, devido à reação contrária do povo brasileiro.

 

Foi no período do governo tucano do PSDB e seus aliados do DEM (PFL morto) que o meio ambiente sofreu as mais aviltantes agressões, com vazamentos em mar aberto, na Baia de Guanabara/RJ, no rio Iguaçu/PR, em Cubatão/SP, na Amazônia e no Nordeste, afetando gravemente o meio de subsistência de comunidades ribeirinhas. Depois dividiram a Petrobras em Unidades de Negócio com o objetivo de fragilizar a empresa e vende-la por partes. Fizeram ainda trocas de ativos prejudicando a Petrobras. FHC vendeu ações da Petrobras na Bolsa de Nova Iorque e para tanto vacilou em submeter a Petrobras à lei americana.

 

Os tucanos do PSDB e seus aliados afrontaram os trabalhadores, colocaram tanques nas ruas contra os petroleiros, sucatearam os navios da Transpetro, fabricaram plataformas fora do Brasil em contratos altamente suspeitos que levaram, inclusive, ao afundamento da P-36, maior plataforma do mundo na época, onde morreram 11 trabalhadores.

 

Agora, mais uma vez, mascarados de moralistas e defensores dos interesses do povo, o PSDB dos tucanos e o DEM (PFL morto), atacam os interesses do povo brasileiro tentando paralisar a Petrobras através de uma CPI.

 

É necessário atentar que esse interesse de levantar suspeitas sobre a Petrobras surge num ano pré-eleitoral, quando o Brasil luta contra os efeitos de uma crise financeira mundial, quando as áreas petrolíferas do pré-sal estão em disputa e quando o Governo Lula usa a Petrobras para o desenvolvimento do País. Ao contrário do que a oposição apostava, o Brasil desponta no governo Lula como o país que menos sofrerá os efeitos da crise na América Latina e o que dela sairá mais fortalecido.

 

Petrobrás e a crise mundial

 

Em segundo mandato o governo Lula, mesmo com a crise mundial, tem alto nível de aprovação e consolida o Brasil, interna e externamente. Ao contrário do que eles desejam, o Brasil é citado como um dos países mais seguros aos investimentos nesse cenário de crise. O Brasil tem uma sólida política macroeconomia, um mercado interno potencializado, estabilidade política fortemente fundamentada na democracia. O Brasil não foi ao FMI se endividar para enfrentar a crise mundial, não deve mais ao fundo e, ao contrário, dele é credor. No governo Lula, a despeito da oposição algoz, a Petrobras pode aumentar investimentos e alcançou a auto-suficiência em produção de petróleo. Ela bate recordes após de recordes de produção e aumentou seu lucro líquido em 54,5%, passando de R$ 22,1 bilhões em 2007 para R$ 33,9 em 2008.

 

A Petrobras desempenha papel fundamental no enfrentamento da crise. Reviu seu Plano de Investimentos no final de 2008 e, além de manter os investimentos previstos, aprovou um aumento de 56% no seu plano qüinqüenal. A Petrobrás descobriu campos gigantes de petróleo na chamada camada pré-sal. É a maior descoberta mundial dos últimos trinta anos. Por isso, os interesses mundiais, mais do que nunca, voltaram-se para as jazidas brasileiras, mas o presidente Lula mandou retirar 41 blocos da camada pré-sal que seriam leiloadas na 9ª Rodada de Leilões realizada pela ANP e anunciou que faria um novo marco regulatório para garantir que essa riqueza seja usada em benefícios sociais, aplicada em educação e saúde e em pagamento de dívidas sociais históricas ao povo brasileiro.

 

A Petrobras e o seu sucesso permanente só não são aceitos nem bem vistos pela oposição ao governo Lula. O presidente Sérgio Gabrielli colocou-se à disposição para responder a todos os questionamentos em relação à empresa. Mas a oposição não reconhece a idoneidade da Petrobras, não reconhece a competência do Ministério Público, nem da Polícia Federal. Não aceita porque o que realmente a interessa é, mais uma vez, atacar a Petrobras, dificultar o acesso ao crédito e atrasar o desenvolvimento do pré-sal, na tentativa de justificar a permanência da legislação atual, a continuação dos leilões de blocos petrolíferos, inclusive nas áreas do pré-sal. A oposição quer impedir a aprovação de um novo marco regulatório, o restabelecimento do monopólio estatal, o fim dos leilões, o fortalecimento da Petrobrás com controle 100% estatal. E, como tem feito historicamente, ela tenta impedir a independência do Brasil no setor petróleo e, paralisando a Petrobras, tenta também impedir o sucesso que o Brasil vem alcançando no enfrentamento da crise e assim se credenciar para as eleições 2010.

 

Em suma, o que está por trás da CPI da Petrobras é golpe político do PSDB e do DEM (PFL morto) contra o governo Lula.

 

A Petrobrás é do povo brasileiro, mais do que nunca agora, que faz tanto sucesso. O povo conhece e reconhece a Petrobras e não permitirá que esse orgulho brasileiro seja afrontado e quebrado. A Petrobras tem que ser mais do povo com a descoberta do pré-sal, mais ainda com um novo marco regulatório, mais ainda com o Governo Lula.

 

Em defesa da Petrobras. Em defesa da Soberania Nacional. Em defesa do Povo Brasileiro.