Escrito por: Leonardo Wexell Severo
Serra exibe suas credenciais ao país lançando PM contra professores em greve
Não economizaram munição
Não economizaram munição
Vamos aos fatos:
Não economizaram munição
O comando da paralisação, que Serra diz serde 1%, até o dia de hoje não havia conseguido sequer ser recebido pelo governo.Nesta sexta uma comissão foi recepcionada finalmente no Palácio, mas o mesmogoverno que alega não haver greve, diz que só iria negociar com a volta à aulados grevistas.
Naquele mesmo instante, sob ordens dogovernador que já havia fugido da cidade, marginais vestidos com a farda daPolícia Militar abriram fogo contra manifestantes que queriam respaldar anegociação, mas foram recebidos com golpes de cassetetes, balas de borracha ebombas de efeito “moral”. Tinham que ficar no seu lugar. Ali era localreservado a autoridades e bacanas. Os professores não eram nenhum dosdois.
Diante do impasse e da decisão do governotucano de manter o arrocho salarial – os professores acumulam perdas de 34,3%-, da continuação do escárnio da política de bônus, provinhas e provões, semqualquer Plano de Carreira, com as salas superlotadas, com os laboratórios ebibliotecas caindo aos pedaços, com o fechamento de turnos e escolas, a grevecontinua. E nova assembleia foi convocada para a próxima quarta-feira, dia 31de março.
Não economizaram munição
Com as duas pernas sangrando, atingidas porbombas de efeito moral, Sílvio Prado, professor de História de Taubaté,desabafou: “Deste governo a gente não pode mais esperar nada, só truculência”.
Sindicalista, Policial Civil, JefersonFernando foi confundido com um professor, mantido preso e espancado por cercade três horas e levado ao 34ª DP de Francisco Morato. Com a roupa rasgada eacompanhado por dirigentes do Sindicato, Jeferson foi até a Corregedoriadenunciar os inumeráveis abusos dos quais foi vítima.
Professor de Filosofia em Jundiaí, FernandoRibeiro presenciou quando um dos muitos policiais infiltrados pelo governo namanifestação “tentava atear fogo em um veículo, buscando incriminar osmanifestantes”. Com o policial à paisana identificado, professores e estudantessaíram à caça do marginal que buscou refúgio entre os policiais militares.“Tentaram colocar fogo no carro para culpar o protesto. Como agiram com muitaforça, numa ação desproporcional, queriam uma justificativa”.
Não economizaram munição
A professora Maria Izabel (Bebel), presidenteda Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Público Oficial do Estado deSão Paulo), também denunciou os provocadores "infiltrados" pelo governo estadual para deslegitimar a manifestação pacífica e exortou a categoria a ampliar a mobilização e se fazer presente napróxima quarta-feira na Paulista. “Tentaram nos colocar de joelhos, mas estamosaqui, de cabeça erguida, exigindo o respeito que esta maravilhosa categoriamerece”.
A presidenta da União Municipal dosEstudantes de São Paulo (UMES), Ana Letícia, sublinhou que “os professores nosenchem de orgulho pois estão enfrentando com garra e coragem a covardia e amentira do desgoverno Serra. Contem conosco para seguir em frente na defesa damelhoria da qualidade do ensino público”.
Não economizaram munição
Conforme o deputado estadual Major Olímpio(PDT), liderança dos policiais militares, o que o governo estadual fez foi usarde toda a sua truculência e o seu aparato repressivo em vez de abrir negociaçãocom os professores. “Os manifestantes vieram para dialogar, mas o governotucano os recebeu como numa guerra”, frisou.
Para os incautos que ainda alimentavam algumailusão em relação à falta de caráter de José Serra, vale o comentário de umex-amigo seu, Flávio Bierrenbach, ex-deputado e ministro do Superior TribunalMilitar: “Serra entrou pobre na Secretaria de Planejamento do Governo Montoro esaiu rico. Ele usa o poder de forma cruel, corrupta e prepotente. Poucos oconhecem. Engana muita gente. Prejudicou a muitos dos seus companheiros. Umaambição sem limite. Uma sede de poder sem nenhum freio".
Agora, vamos freá-lo!