Escrito por: Sindieletro-MG
Os trabalhadores da Celminas Construção e Manutenção de Rede Elétrica, empresa terceirizada da Cemig com atuação em várias cidades do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba cruzaram os braços na segunda-feira, 22. Eles querem negociar melhores salários e condições de trabalho, mas a empresa se recusa.
No dia 15 de outubro os eletricitários entregaram uma pauta e um abaixo-assinado para a direção da empresa. Mas, uma semana depois, a Celminas não respondeu às reivindicações dos trabalhadores. Sinalizou apenas que pretende melhorar o pagamento por produtividade.
As reivindicações incluem aumento do piso salarial para eletricistas de linhas e redes de R$ 684,00 para R$ 1.350,00; incorporação na carteira profissional da parcela referente ao pagamento da periculosidade; melhores condições de trabalho; transparência no pagamento da produtividade e mudanças no plano de saúde.
Os trabalhadores da Celminas denunciam que chegam a trabalhar até 14 horas por dia para atender as cobranças por produtividade. Prática que compromete a saúde dos trabalhadores e potencializa os riscos de acidentes e mortes.
O plano de saúde oferecido pela empresa cobra co-participação de R$ 70,00 por pessoa. Inviável para a maioria dos trabalhadores que recebem apenas R$ 684,00 mais a periculosidade, principalmente se for casado e tiver filhos.
De acordo com os líderes do movimento, os trabalhadores só vão encerrar a paralisação quando a Celminas decidir realmente negociar. A diretoria do Sindieletro-MG na Regional Triângulo participou da mobilização e manifestou total apoio à paralisação dos trabalhadores.