Escrito por: Sincotelba
Depois de treze dias de paralisação, trabalhadores(as) retomaram atividades na quinta (13)
Em assembleia na manhã desta quarta-feira (12), convocada pelo SINCOTELBA, os ecetistas baianos decidiram retornar ao trabalho, mas permanecer em estado de greve. Depois de treze dias corridosde paralisação, as atividades retornaram nesta quinta (13). A reunião aconteceu na sede do Sinergia, próximo ao Aquidabã, Sete Portas.
A Bahia foi o Estado com maior adesão ao movimento paredista. Conforme a ECT, a média geral de adesão no Estado é de 33% (no caso dos carteiros chega a 55%), enquanto em outros a média varia de 4% a 10%. “Nós demos a linha do movimento. Iniciamos os protestos ainda no início de dezembro, paralisando unidades do interior demonstrando nossa contrariedade à alteração do plano”, observou a presidente do sindicato Simone Soares Lopes.
A categoria decidiu entrar em greve no último dia 31 em protesto a mudança do CorreiosSaúde para Postal Saúde, contrariando a decisão do TST na última campanha salarial de assegurar a continuidade do benefício e a estatal como gestora. De acordo com os servidores (as) a modificação fere a cláusula 11 do acórdão vigente, que garante esses direitos.
Também foi lida uma carta aberta aos trabalhadores e às trabalhadoras dos correios da Bahia, escrita pela presidente do SINCOTELBA, Simone Soares. Confira:
Informativo aos trabalhadores (as) dos Correios na Bahia
No dia 20 de janeiro o SINCOTELBA divulgou orientação à categoria para não assinar nenhum documento referente ao Postal Saúde até o dia 31 (do mesmo mês), data marcada para o julgamento da ação movida pela FENTECT contra a ECT em razão da mudança do CorreiosSaúde para Postal Saúde, tendo em vista que a alteração contraria a decisão do TST, de assegurar a continuidade do benefício e a estatal como gestora conforme cláusula 11 do acórdão vigente. A audiência foi adiada para o dia 8 de abril.
Em assembleia no dia 30 então decidimos entrar em greve por tempo indeterminado e assim permanecemos até hoje, lutando para que a empresa cumpra a determinação do TST. Desde o início o sindicato tem buscado mobilizar toda a categoria, que graças a essa grande capacidade de aglutinação da entidade tem correspondido positivamente, levando a Bahia a ser destaque nacional como o Estado com maior percentual de adesão ao movimento paredista.
Depois de se reunir com o departamento jurídico para colher informações sobre a legalidade da paralisação a presidente do SINCOTELBA esteve no dia 4 deste mês na sede da FENTECT, em Brasília, solicitando um calendário de lutas, já que até então o sindicato não tinha recebido nenhuma orientação da Federação, da qual é (e continua) filiado. Os (as) ecetistas da Bahia estão mobilizados, aguardando, contudo, um norte da FENTECT.
Onde está diretoria da Federação, que não nos orienta? Os diretores estão participando da mesa de negociação permanente conforme cláusula 46 do acórdão vigente? Cadê os informes? E o calendário de luta? O plano de saúde dos Correios é nacional, então porque dos 29 sindicatos afiliados a FENTECT apenas a metade aderiu ao movimento, e ainda de forma acanhada e imperceptível?
A única audiência que temos prevista está marcada para o dia 8 de abril na Justiça comum, enquanto o julgamento do TST não tem data definida. E até lá, como devemos prosseguir?
Nós já demos exemplo de mobilização. Mostramos que não nos esquivamos de cumprir nosso papel de lutar em favor dos trabalhadores (as) da Bahia. Continuamos firmes, avançando à vista de nossas bandeiras de luta:
ü Em favor do CorreiosSaúde, e NÃO ao Postal Saúde;
ü Pela redução da jornada de atendente para 6h e equiparação salarial a bancários;
ü Pela entrega pela manhã;
ü Em defesa do Postalis: BD;
ü Pela contratação de servidores;
ü Pelo fim do assédio moral;
ü Anistia a todos os trabalhadores (as);
ü E por uma empresa pública e de qualidade.
ATENÇÃO:
Trabalhadores e trabalhadoras dos Correios
Em virtude de sermos contrários a mudança do nosso plano CorreiosSaúde para Postal Saúde pedimos que todos os trabalhadores e trabalhadoras que tenham recebido o novo cartão (do Postal Saúde) que não o utilizem. Todos devem continuar usando sua antiga carteirinha por tempo indeterminado.
Caso chegue a um hospital ou clínica médica e não conseguir atendimento, o trabalhador (a) deve anotar o local da ocorrência, o nome do funcionário que se negou a atendê-lo (a) e sua função e ir até o PROCON registrar uma denúncia. O documento deve ser posteriormente repassado ao sindicato, que o encaminhará para a FENTECT.
Na tarde desta quarta-feira (13) a diretoria do SINCOTELBA participará de uma reunião no PROCON.
Diretoria SINCOTELBA