Escrito por: FEM-CUT
Uma parada na produção por quase quatro horas, naquarta, 27, foi a resposta dos trabalhadores na F. Johnson, em Diadema, àdemissão de uma trabalhadora com estabilidade. O ato também foi um protestocontra as condições de trabalho na empresa.
A funcionária sofre de LER/DORT no ombro esquerdo, contraída no trabalho. Elajá passou por cirurgia e esteve afastada pelo INSS nos últimos meses.
Por tudo isso, sua estabilidade no emprego está garantida por nossa convençãocoletiva e por lei. Porém, no seu retorno à F. Johnson na segunda, dia 18, ametalúrgica foi demitida arbitrariamente.
“É uma fábrica que comete muitas injustiças”, denunciou Claudionor doNascimento, diretor do Sindicato. “Por isso, nossa manifestação foi muitopositiva. O pessoal se uniu e decidiu manter a mobilização até a fábrica revera demissão e atender nossas reivindicações”, completou.
Pauta
Segundo o dirigente, os principais pleitos dos trabalhadores são uma relaçãode respeito por parte da fábrica e que a empresa cumpra a legislaçãotrabalhista e a convenção coletiva do Grupo 8, do qual faz parte.
“Uma companheira foi reclamar uma diferença em seu salário e acabou advertidapor insubordinação”, relatou Claudionor, dizendo que posições autoritárias comoessa são comuns.
Os trabalhadores querem ainda negociar a PLR, prática que não existe nafábrica, refeição no local de trabalho e horas extras pagas no holerite e não àparte.
“O pessoal mostrou muita consciência em se solidarizar à trabalhadora demitidae em se mobilizar por seus direitos”, finalizou o dirigente.