Metalúrgicos exigem equiparação salarial comos funcionários de Betim e participação nos lucros e resultados de R$ 3.000,00
Mais de 600 trabalhadoresda fábrica de autopeças Aethra Centauro, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte,iniciaram nesta segunda-feira (10 de maio) uma greve por tempo indeterminado. OSindicato do Metalúrgicos de BH, Contagem e Região, filiado à Central Única dosTrabalhadores (CUT), exige equiparação salarial com os metalúrgicos da Aethrade Betim, que ganham 35% mais, e participação nos lucros e resultados de R$3,000,00.
De acordo com José AlvesPereira, da direção plena do Sindicato dos Metalúrgicos e secretário deComunicação da CUT/MG. a diferença salarial deve remontar há mais de seis anos,quando a entidade iniciou as negociações em nível estadual. “Antes, anegociação com Betim era em separado. Depois, os aumentos acordados foramsempre iguais para todos os metalúrgicos, representados por 28 sindicatos.Portanto, essa diferença de 35% vem sendo praticada pela direção da Aethrahá muito tempo.”
Para José Alves, entre 75%e 80% dos trabalhadores da Aethra Centauro estão parados. “Eles não aceitammais a situação. Tanto eles quanto os funcionários de Betim fabricam as mesmasautopeças para a Aethra, que é a maior fornecedora de componentes automotivosda América Latina.”
Com relação à participaçãonos lucros e resultados, o secretário de Comunicação da CUT/MG, revela que em2009 foram pagos R$ 2.500, 00 aos trabalhadores e que, neste ano, areivindicação é de R$ 3.000,00.
Antes de deflagar a greve,segundo José Alves, o Sindicato cumpriu o determinado pela legislação. “Fizemosduas paralisações de meia hora, na quinta e na sexta-feira passadas. E aindaentregamos à direção da empresa uma comunicação de aviso de greve com 48 horasde antecedência, pedindo uma resposta da Aethra, antes de decidirmos pelaparalisação. Mas não obtivemos resposta.”