Escrito por: Sinergia CUT
Sindicato e AES Tietê tiveram uma reunião nesta quinta (28) para discutir alguns assuntos pendentes como a cota de rateio para Assistência Médico Hospitalar (AMH), Dupla Função e PLR 2011. “A empresa tem mostrado interesse em resolver essas questões. Vamos continuar as negociações para saber se elas serão frutíferas ou não. Esperamos que sim.”, afirma o diretor e interlocutor do Sinergia CUT Paulo Robin.
Durante a reunião, o Sinergia CUT cobrou da empresa a implementação imediata do valor da cota de rateio, inclusive reembolsando o que o trabalhador pagou a mais nos meses de junho e julho. Segundo os representantes da AES Tietê, esse procedimento será efetuado na folha de pagamento de agosto, inclusive adotando o teto máximo da participação em R$ 5.
Além disso, a empresa deve elaborar uma proposta para ser apresentada ao Sinergia CUT referente a AMH, incluindo a possibilidade de vitaliciedade do plano de saúde para quem estiver no quadro da empresa atualmente. A partir desse retorno, Sindicato e empresa vão iniciar discussões para definir o modelo de AMH que atenda os trabalhadores da AES Tietê.
Dupla Função
Ficou agendada para o dia 10 de agosto a primeira reunião com a participação de trabalhadores, RH e Sindicato, com o objetivo de levantar as dificuldades causadas na atual política de Saúde e Segurança, que na visão do Sinergia CUT vem causando desvio de função e um alto grau de insatisfação entre os trabalhadores.
Esta série de reuniões por locais de trabalho é resultado de reivindicação apresentada pelo Sindicato em abril deste ano e contará com a participação de três trabalhadores de cada uma das usinas (Bariri, Barra Bonita e Ibitinga), além do técnico de segurança de cada uma das localidades.
PLR 2011
Apesar do atraso em iniciar as discussões da PLR, a AES Tiete apresentou uma proposta incompleta. O Sinergia CUT fez algumas considerações para que a empresa possa trazer na próxima reunião algo mais consistente que possibilite a discussão de valores. A proposta apresentada pela AES é estruturada em três eixos:
Segurança: 10%
TG (taxa de gravidade de acidente)
TF (freqüência de acidentes)
Financeiro: 30%
PMSO (orçamento)
Margem Operacional
Operacional: 60%
Indicadores Operacionais, a exemplo dos já praticados no atual acordo da PLR
Observação:
Não será pago nenhum valor referente ao indicador, se as metas do mesmo não atingirem 80%. Os indicadores e metas abrangerão todos os trabalhadores e diretores da empresa.
Plus:
Pelo modelo apresentado pela empresa será concedido um percentual como plus, ainda a ser discutido com o Sindicato, atrelado ao Resultado de Serviço e independente dos indicadores acima. Ou seja, mesmo se forem atingidas as metas, mas o RS ficar igual ou maior do que o ano anterior terá direito a esse valor agregado.
Diante dessa proposta, o Sinergia CUT ressaltou a necessidade de transparência nas informações referentes ao histórico dos indicadores e metas que estão sendo propostos para que os trabalhadores possam tomar conhecimento. “A PLR deverá refletir os indicadores econômicos da empresa, que nos últimos 10 anos vem sendo a mais rentável do setor”, afirma a direção do Sinergia CUT.
O Sindicato ressaltou que é contra a inclusão de acidentes no computo da PLR, pois o trabalhador perde duas vezes: ao se acidentar e depois financeiramente. Além disso, na concepção do Sinergia CUT, o valor e as metas devem abranger toda a empresa e não mais Usinas individualmente, como é atualmente, em 20% da PLR.
A próxima reunião entre Sindicato e AES Tietê para dar continuidade ao processo de negociação dessas pendências está agendada para quinta-feira (4) às 10h.