Escrito por: Carlos Alberto Carlão de Oliveira - Sindilimp-BA
A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública, Asseio, Conservação, Jardinagem e Controle de Pragas Intermunicipal (Sindilimp-BA) informa que nesta terça-feira, dia 6, às 9 horas, os trabalhadores da empresa Fox do Brasil que prestava serviços para a Prefeitura de Salvador, realizam uma manifestação em frente ao Palácio Tomé de Souza, na Praça Municipal. A razão da mobilização é o não pagamento das parcelas rescisórias e demais direitos trabalhistas uma vez que a empresa teve o contrato rescindido e a direção da empresa recusa-se a quitar os débitos.
"A empresa insolvente recusa-se até mesmo a negociar de forma honesta e clara o pagamento do passivo trabalhista e não resta aos trabalhadores outra ação que não seja ir às ruas e mostrar à população que o prefeito João Henrique, que contratou uma empresa inidônea, nada faz agora para pressionar a direção da Fox Brasil a pagar o que deve. São 570 trabalhadores, pais e mães de famílias, desesperados e sem literalmente nenhum dinheiro no bolso. Além do atraso salarial anterior, agora estão sem receber a rescisão e até mesmo a baixa na Carteira Profissional não foi dada", informa o coordenador do Departamento Jurídico do Sindilimp-BA, Luiz Carlos Suíca.
O sindicalista acrescenta que no dia 10 de novembro tentou-se uma solução negociada em audiência de mediação realizada no Ministério Público do Trabalho visando o pagamento dos direitos trabalhistas dos funcionários da Fox do Brasil. "Não se chegou a uma solução satisfatória para os trabalhadores porque a empresa fez uma manobra utilizando seus empregados administrativos que entraram com uma falsa ação na Justiça do Trabalho e viabilizou o bloqueio judicial da quantia aproximada de R$ 460 mil. Uma vergonhosa manobra que impossibilitou o pagamento de quase 600 famílias".
O dirigente sindical classifica a atitude da Fox do Brasil de "desleal, imoral e criminosa. Aos 570 trabalhadores restou o caminho da mobilização e nesta terça-feira, 6, às 9 horas estaremos nos manifestando em frente à Prefeitura Municipal que precisa responder aos anseios dos trabalhadores uma vez que foi ela que contratou uma empresa irresponsável e sem idoneidade. Queremos uma ação positiva do prefeito João Henrique Carneiro e vamos solicitar que uma comissão seja recebida pelo Executivo municipal e que se aponte um caminho para solucionar esse grave problema que toma contornos de atentado social. São cerca de 600 famílias sem nenhuma certeza de como será seu Natal e a festa de Ano Novo. Não permitiremos que isso ocorra e vamos mostrar à opinião pública que os funcionários terceirizados exigem respeito à legislação trabalhista e querem receber pelo trabalho realizado", finaliza Luiz Carlos Suíca.