Escrito por: Sindicato dos Químicos e Plásticos de São Paulo
Dia 24 de janeiro, terça-feira, às 10h, o Sindicato dos Químicos e Plásticos de São Paulo realizará um Ato de Repúdio à Venda das Sacolinhas Plásticas nos supermercados da cidade. A manifestação acontecerá em frente ao Extra da Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, Centro de São Paulo.
O Ato foi convocado para conscientizar a população de que a exclusão das sacolinhas plásticas não é lei. E esta medida foi um acordo firmado entre a Associação Paulista de Supermercados, Prefeitura e Governo Estadual de São Paulo, sem consulta prévia com consumidores trabalhadores e industriais da área.
Entenda melhor o caso e não se deixe enganar pelas “boas intenções”
Atenção: O uso das sacolinhas plásticas não foi proibido
Uma grande confusão acontece no momento envolvendo a questão da proibição das sacolinhas plásticas. Depois que o Sindicato dos Químicos conseguiu a liminar que barra a lei da proibição, grandes grupos de supermercados se juntaram e, com o apoio do Governo de São Paulo e da Prefeitura de São Paulo, decidiram parar de distribuí-las gratuitamente e começar a vendê-las.
É preciso deixar claro que o uso das sacolinhas não foi proibido e isso é apenas uma decisão de três grupos de supermercados: Pão de açúcar, Wall Mart e Carrefour. O Tribunal de Justiça de São Paulo garantiu a livre distribuição das sacolinhas na capital e em mais 20 municípios do Estado.
Os supermercados citados acima vão começar a vender as sacolas biodegradáveis no dia 25 de janeiro. Essa prática beneficiará apenas o bolso dos donos das redes. Afinal, o preço das sacolinhas já está embutido nos preços dos produtos. Fica uma pergunta: Os supermercados vão baixar os preços?
O Sindicato é contra a proibição da distribuição das sacolinhas por motivos óbvios: os trabalhadores. Essa lei, se aprovada, atingiria 30 mil trabalhadores diretamente e mais 100 mil indiretamente. E em nenhum momento os trabalhadores, consumidores e fabricantes foram sequer questionados sobre o assunto.
A entidade já registrou uma representação no CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) denunciando as seguintes práticas envolvendo os supermercados: dominar mercado relevante de bens ou serviços, aumentar arbitrariamente os lucros e exercer de forma abusiva posição dominante.