A Campanha Salarial dosServidores Municipais de Cambé está pegando fogo. Reunidos em assembleia nanoite desta quinta-feira (6), os trabalhadores rejeitaram por unanimidade aproposta oferecida pelo prefeito João Dalmacio Pavinato [PSDB], que prevê 5.5%de reajuste salarial, índice pouco acima da inflação acumulada nos últimos dozemeses, aumento do abono de R$ 100 para R$ 130 e início imediato das negociaçõesdo Plano de Cargos, Carreiras e Salários [PCCS].
Os servidores votaram por não iniciar, pelo menos de imediato, uma paralisaçãopor tempo indeterminado. Eles preferiram realizar protestos e mobilizações parapressionar a administração municipal e sensibilizar a população a respeito dasreivindicações da categoria.
Na última segunda-feira (3), os servidores protestaram durante seção solene naCâmara de Vereadores que homenageava a Associação Soka Gakkai, uma entidade deimigrantes asiáticos, pela passagem dos seus 80 anos de fundação. Com uma faixaque dizia “população cambeense, os servidores municipais estão desmotivados comos baixos salários e o descaso da administração”, a categoria causou um certoconstrangimento ao prefeito, seus secretários, e aos vereadores, já que erapara ser um evento meramente comemorativo. “Demos uma apimentada na negociaçãoe mostramos para o prefeito e para os vereadores qual vai ser o tom da nossacampanha salarial daqui para frente”, afirmou Carlos Aparecido da Silva Melo, oCarlão, diretor do SindServ Cambe e secretário de saúde da CUT-PR.