Escrito por: Rosely Rocha
Presidente da CUT Sergio Nobre , lideranças de outras centrais sindicais e movimentos sociais pedem ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta imposto zero com a taxação dos super-ricos e isenção da PLR
A aprovação do projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês foi o tema da conversa na manhã desta quarta-feira (1º) do presidente da CUT, Sérgio Nobre, com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, em sua residência, em Brasília.
Na reunião, que contou também com lideranças de outras centrais sindicais, movimentos sociais e políticas, como o líder do governo na Câmara, Lindbergh Farias, e o presidente do PT, Edinho Silva, o presidente da CUT, Sergio Nobre ,reforçou que o imposto zero para 14 milhões de brasileiros e brasileiras é uma pauta da classe trabalhadora.
“Essa é uma luta histórica que vai se tornar realidade: a votação e iminente aprovação do projeto do governo Lula que reduz ainda as alíquotas para quem ganha até R$ 7.350. É preciso que a compensação financeira do que o governo deixará de arrecadar deva vir de quem ganha acima de R$ 600 mil ao ano, que é um pequeno grupo de 141 mil super-ricos”, disse o presidente da CUT.
A proposta do governo é a de que os super-ricos paguem até 10% a mais de imposto para compensar os R$ 25 bilhões que deixarão de ser arrecadados. Já a extrema direita não quer taxar os mais ricos e defende que sejam feitos cortes nos investimentos da saúde e da educação.
Segundo Sergio Nobre, é preciso ir além da taxação dos super-ricos para que haja uma maior justiça tributária e, por isso ele defendeu junto a Hugo Motta que os trabalhadores e trabalhadoras que recebem a Participação sobre Lucros e Resultados (PLR) fiquem também isentos de imposto. Para o presidente da CUT, não é justo que acionistas de empresas fiquem isentos de impostos sobre seus lucros, enquanto os trabalhadores têm descontado em folha a PLR.
A votação da isenção do IR será realizada pela Câmara Federal ainda nesta quarta-feira, sem horário definido para iniciar e terminar.
Plebiscito Popular
No encontro com Hugo Motta, lideranças do povo brasileiro também estiveram presentes e apresentaram o resultado parcial do Plebiscito Popular, que já conta com 1,5 milhão de votos coletados.
O Plebiscito Popular 2025 é organizado por entidades das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo — como a CUT, demais centrais sindicais, partidos políticos, movimentos negros, estudantis, de moradia e outros grupos. É uma consulta pública, que começou em julho e buscou ouvir a população sobre redução da jornada de trabalho sem redução de salário, o fim da escala 6x1 e pela aprovação do projeto de isenção de pagamento de Imposto de Renda (IRPF)