Escrito por: Fetraf-SUl-CUT

SC: Plano de recuperação da Diplomata...

 


A empresa Diplomata entregou o Plano de Recuperação Judicial nesta semana. No Plano, constam informações de como ocorreu a crise e o acúmulo de prejuízos e as estratégias para reorganizar a empresa, entra essas, a forma de pagamento das dívidas aos integrados, fretistas e pequenos prestadores de serviços. O Plano de Recuperação Judicial busca viabilizar o grupo Diplomata e inclusive alienar o capital da unidade de Campo Grande e Londrina para pagamento aos credores.

Entre os principais causadores da crise, a Diplomata destacou nos fatores externos: aumento no custo de produção de frango; aumento no preço das commodities; desvalorização do câmbio; reajuste de mão de obra superior á inflação; aumento de custos com energia elétrica; política tributária; concorrência desleal.  Nos fatores internos as necessidades são a melhoria na apuração de custos e gerenciamento do desempenho de vendas por canal; estratégia ineficaz de crescimento e a recorrência a bancos e elevado custo financeiro, entre outros.

Em relação á divida com os agricultores familiares integrados, o Plano apresentado prevê o pagamento de somente 80% do valor de cada credor sem correção, com carência de um ano e cinco anos para finalizar os pagamentos. “Estamos preocupados com os integrados, pois, nenhum agricultor deve pagar pelo prejuízo, queremos o pagamento total da dívida”, salientou o coordenador da FETRAF-SUL/CUT em Santa Catarina, que acompanha o caso, Alexandre Bergamin.

A proposta da FETRAF-SUL/CUT é de que a empresa Diplomata pague a dívida aos credores integrados em menos de um ano e com juros de 1% ao mês. Destaca-se a preocupação da Federação com os integrados que com o atraso no pagamento dos lotes tiveram sua renda prejudicada, e também com aqueles que empregam mão de obra para a prestação de serviços nos aviários e não possuem recurso para o pagamento destes.