Escrito por: Sinergia CUT
Os 135 trabalhadores demitidos do Call Center da CPFL, no último dia 4 de novembro, terão até o dia 10 de dezembro para decidir e comunicar à CPFL se querem permanecer no processo de manutenção de emprego, ou se optam pelo desligamento da empresa.
Durante reunião que aconteceu nesta terça feira, 7, na sede do Sinergia CUT com representantes da CPFL, Sindicato e trabalhadores, foram esclarecidos os riscos e as possibilidades de quem optar por permanecer no processo de reintegração e os problemas enfrentados pelo Sindicato dentro da ação movida na tentativa de manutenção do emprego dos trabalhadores do Call Center.
A advogada da empresa Priscila Lago justificou que, “a CPFL não tomou nenhuma decisão arbitrária e cumpriu o acordo coletivo e ainda, que a empresa acredita que a liminar poderá ser cassada pela justiça, dando ganho de causa à empresa”. A CPFL não tem uma solução imediata para a realocação dos 135 trabalhadores.
A advogada do Sinergia CUT Tânia Tossetti esclareceu aos trabalhadores que, em nenhum momento, o Sindicato fez qualquer tipo de acordo com a empresa sobre o fechamento do Call Center e lembrou que a própria liminar concedida pela justiça, que determina a reintegração dos trabalhadores diz que o acordo não tem a amplitude que a CPFL pretende dar.
Para o Diretor do Sinergia CUT José Luis Zétula, com a determinação judicial da reintegração dos trabalhadores pela empresa, o ideal é que continuem no processo, porque o valor que será pago de indenização para quem concordar com a demissão, será menor do que o valor pago a quem continuar neste processo e, pelo menos eles estarão recebendo salário e benefícios.
A trabalhadora Paula Valentin disse que vai continuar lutando pela manutenção de seu emprego, porque acredita que o desligamento não é a única opção que tem e acredita que a justiça vai decidir favorável aos trabalhadores. A mesma opinião é compartilhada por Leandro Carreira. Ele se preocupa com a manutenção do emprego porque tem família e conta mensalmente com os benefícios que recebe da empresa.
Um representante do Ministério Público do Trabalho deveria ter acompanhado a reunião mas não pode vir e pediu que ela fosse gravada e enviada posteriormente ao MPT.
No dia 27 de janeiro acontece uma Audiência de Instrução na Vara do Trabalho onde serão ouvidas testemunhas para dar encaminhamento e decisão final do processo.