Artur, presidente da CUT (foto Secom)A decisão sobre o valor dosalário mínimo em janeiro de 2011 vai se dar através da negociação entre ascentrais sindicais representativas e o governo federal.
O fato de a LDO -Lei deDiretrizes Orçamentárias - ter sido aprovada sem especificar o futuro valor domínimo não vai trazer prejuízo algum aos mais de 43 milhões de brasileiros ebrasileiras que dependem direta ou indiretamente deste salário.
A CUT e as centrais, juntocom o governo federal, encontrarão uma alternativa que garanta aumento real em2011.
A bem-sucedida fórmula quereajusta o mínimo somando a inflação mais aumento real de acordo com a variaçãodo PIB - conquistada pelas centrais sindicais e que garantiu desde 2004 umavalorização histórica do poder de compra do piso salarial nacional - desta vez,por causa da queda do PIB em 2009, ficaria aquém do que os trabalhadores etrabalhadoras querem.
Como não foi a classetrabalhadora a responsável pela crise econômica internacional, e pelo fato de oBrasil ter superado a turbulência em virtude do fortalecimento do mercadointerno, impulsionado especialmente pelo salário mínimo, nada mais justo quegoverno e centrais sindicais, protagonistas da valorização do salário mínimo emvigor, construam o aumento real de 2011.
Com este objetivo, a CUT solicitaaudiência com os ministros Carlos Gabas, da Previdência, e Carlos Lupi, doTrabalho
Para a CUT, é preciso preservara política de valorização do salário mínimo, cuja validade vai até 2023 (comrevisão de quatro em quatro anos a partir de 2011).
Portanto, não vamoscolocar em risco essa conquista da classe trabalhadora. Não vamos debater isso juntocom o tema dos aumentos das aposentadorias acima do salário mínimo.
Estamos lutando para criaruma política permanente de recuperação do poder de compra das aposentadorias epensões acima do mínimo, e pela superação do fator previdenciário, e exigimos acriação de um fórum de negociação específico para tratar desses assuntos.
Artur Henrique, presidente nacional da CUT