Escrito por: Redação CUT

Retrospectiva 2025: relembre as principais lutas e vitórias da CUT neste ano

Neste ano a CUT realizou ações e iniciativas que resultaram em conquistas para a classe trabalhadora. A luta da Central e as mais importantes notícias do país foram destacadas no Portal. Confira.

Dino Santos

O ano de 2025 foi de intensa luta da CUT e dos movimentos sociais e sindical contra ataques aos direitos da classe trabalhadora, promovidos por parlamentares de direita e extrema direita, pelo mercado financeiro e por setores do empresariado que se opõem ao Governo Federal e aos interesses do povo brasileiro.

Mesmo diante de dificuldades, a classe trabalhadora conquistou avanços importantes, como a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, a taxação dos super-ricos, reajustes salariais acima da inflação, a menor taxa de desemprego desde 2012, a saída do Brasil do mapa da fome, entre outros. Essas conquistas reforçam a importância da luta coletiva para garantir direitos e avançar ainda mais. O resultado desta luta e as mais importantes notícias do país foram destacadas no Portal CUT. 

Confira abaixo a nossa retrospectiva

 Janeiro

O ano começou com a CUT participando do ato “Abraço da Democracia”, em Brasília, no segundo aniversário dos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, ao lado do presidente Lula e de lideranças dos Três Poderes. O período também foi marcado por debates sobre desigualdade, mercado de trabalho, renda e políticas públicas, temas centrais da atuação da Central.

Ricardo Stuckert / PRPresidente Lula no 1º de Maio

CNI / Divulgação

Fevereiro

Fevereiro foi marcado por cobranças por justiça social, defesa de direitos e mobilização do funcionalismo. A CUT acompanhou temas ligados à reparação de crimes ambientais, à desigualdade de gênero e à saúde do trabalhador, além de intensificar a articulação política no início do novo ano legislativo.

Antonio Cruz / EBC

Roberto Parizotti (Sapão)

Março

Março foi um mês de forte mobilização política e social, com destaque para a luta das mulheres, o enfrentamento ao racismo, a defesa da democracia e a retomada de pautas históricas da CUT, como a redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6x1 e pela redução da taxa de juros.

Jorge Leão / BdF

Paulo Pinto

Abril

Em abril, a CUT intensificou a pressão política sobre o governo e o Congresso, com grandes mobilizações nacionais, entregou a pauta da classe trabalhadora e defendeu explicitamente o papel dos sindicatos e da Justiça do Trabalho diante de ataques e tentativas de precarização.

Ricardo Stuckert -PR

Dino Santos

Maio

Maio foi marcado pela articulação internacional da CUT, pela valorização das mobilizações do 1º de Maio e por avanços em políticas de renda e direitos, além de debates sobre novas formas de organização do trabalho e proteção às mulheres.

Reprodução

Pablo Valadares / Câmara Federal

Junho

Em junho, a CUT reforçou a defesa de políticas de inclusão, ações afirmativas e direitos da população LGBTQIA+, ao mesmo tempo em que denunciou retrocessos ambientais e acompanhou debates internacionais sobre novas formas de trabalho.

Roberto Parizotti (Sapão)

Reprodução

Julho

Julho teve como marca central o enfrentamento à agenda econômica do Congresso e a defesa da soberania nacional, com protestos de rua, debates sobre inteligência artificial e valorização das lutas do campo e do movimento negro.

Roberto Parizotti (Sapão)

Ahead

Agosto

Agosto foi marcado por atuação internacional da CUT, celebração de sua trajetória histórica e acompanhamento de decisões políticas e judiciais com impacto direto na democracia e nos direitos sociais.

Ahead

Reprodução

Setembro

Setembro foi um dos meses mais intensos do ano, com grandes mobilizações de rua, vitórias na agenda tributária e ações políticas e internacionais em defesa da democracia e dos direitos da classe trabalhadora.

Roberto Parizotti (Sapão)

Roberto Parizotti (Sapão)

Outubro

Em outubro, a CUT concentrou esforços na organização interna, na formação sindical e na mobilização contra propostas de reforma administrativa e precarização do serviço público.

Roberto Parizotti (Sapão)

Reprodução

Novembro

Novembro foi marcado pela centralidade das lutas antirracistas, feministas e ambientais, além de vitórias institucionais e do fortalecimento do debate sobre transição justa no cenário internacional.

Reprodução

Dino Santos

Dezembro

Dezembro encerra o ano com balanços políticos, celebrações históricas e intensificação da pressão sobre o Congresso, reafirmando a defesa da democracia, dos direitos das mulheres, das pessoas com deficiência e da valorização do salário mínimo.

Marcelo Camargo / EBC

Dino Santos

Lutas da CUT em 2025

Plebiscito Popular - Durante o ano a CUT se mobilizou pelo Plebiscito Popular. Organizado pela CUT e por entidades das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo a inciativa mobilizou o país para ouvir a população sobre temas centrais do mundo do trabalho, como o fim da escala 6x1 e a redução da jornada sem redução salarial. Realizada desde julho, a consulta combina urnas físicas e votação online e contabilizou mais de 2,5 milhão de votos. O resultado parcial foi entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ricardo Stuckert / PR

PL da Devastação - Durante todo ao no também, a CUT, junto a ambientalistas e cientistas, defendeu o veto total do Presidente Lula ao "PL da Devastação" (PL nº 2159/2021), visto que o projeto flexibiliza o licenciamento ambiental, ameaça as regras de proteção e pode legalizar a destruição ambiental em favor de ocupações ilegais. O presidente vetou. No entanto, o Congresso derrubou os vetos de Lula.

Marcelo Carmago - Arquivo - EBC

CUT nas Conferências nacionais

A CUT demonstrou um protagonismo essencial na reconstrução democrática por meio de sua intensa participação em diversas conferências nacionais de grande relevância social ao longo do ano. A atuação organizada da Central buscou garantir que as demandas da classe trabalhadora fossem incorporadas nas diretrizes das políticas públicas de Estado.

Entre os principais eventos nos quais a CUT se engajou ativamente, destacam-se:

Elaine Neves

SNMT / CUT

Duda Rodrigues / MDHC

Reprodução

Reprodução

CUT na COP 30

Ao longo de mais de 10 dias, a Central participou de um dos mais importantes eventos mundiais no ano. Realizada pela primeira vez na Amazônia, a COP30, em Belém, evidenciou a urgência da crise climática e consolidou a Transição Justa como eixo central do debate internacional. A CUT atuou de forma articulada nos espaços oficiais da conferência e na Cúpula dos Povos, participou de mobilizações como a Barqueata no Rio Guamá e a Marcha Global por Justiça Climática e defendeu que não há enfrentamento à mudança do clima sem justiça social, trabalho decente e participação da classe trabalhadora.

Naira Leal

O principal resultado foi a aprovação do Mecanismo de Ação de Belém (BAM), articulado por sindicatos e movimentos sociais, que incorpora direitos trabalhistas, proteção social, igualdade de gênero e financiamento permanente à ação climática no âmbito da ONU. A CUT também denunciou falsas soluções de mercado, impactos negativos de projetos de energia renovável sobre comunidades e alertou que o desmonte do serviço público compromete a fiscalização ambiental e a Transição Justa, reafirmando que a luta segue além da COP.