Escrito por: Sintet
Sem proposta, educadores de Palmas decidem paralisar atividades por tempo indeterminado
Os trabalhadores em educação da rede de ensino de Palmas decidiram no sábado, 25, em assembléia geral, paralisar as suas atividades por tempo indeterminado. A greve se deu após a Prefeitura de Palmas não aceitar a proposta da categoria.
Desde abril que os trabalhadores em educação da rede municipal tentavam negociar com a Prefeitura, o reajuste salarial, a incorporação da GRC e o enquadramento dos funcionários administrativos. Entretanto, a gestão se manteve reticente, inclusive com o prefeito Raul Filho sempre ignorando os trabalhadores sem sequer responder aos ofícios do sindicato. Foram várias as reuniões com o secretário municipal de Educação Danilo Souza, mas sem sucesso.
A proposta inicial dos educadores era o reajuste salarial de 32%, a incorporação da GRC - Gratificação por Regência de Classe e o enquadramento dos funcionários administrativos.
Após várias tentativas de negociação e a real possibilidade de greve, a Prefeitura apresentou uma contraproposta. Foi oferecido o enquadramento dos funcionários do administrativo até o mês de agosto de 2011, incorporação da gratificação sem efeito cascata e reposição das perdas de 1,37% para os professores e 7,24% para os administrativos pagos de forma parcelada até maio de 2011.
Em nova assembleia, realizada no dia 18 de setembro, os educadores rejeitaram a proposta da prefeitura e apresentaram uma contraproposta para o Município, pedindo o enquadramento do administrativo e a incorporação da GRC ao salário base. O sindicato propôs que a reposição das perdas ficasse para as próximas discussões em 2011. A secretaria municipal de Educação então rejeitou essa nova contraproposta alegando falta de recurso da Prefeitura.
Dessa forma e em definitivo, os educadores da rede de ensino de Palmas votaram pela greve a partir do dia 25 de setembro e com paralisação de todos os trabalhos a partir da próxima quarta-feira, 28. Segundo o presidente interino do Sintet, Elis Raik Carvalho, as atividades só voltarão ao normal quando a pauta de reivindicação dos educadores for atendida. "Nós tentamos negociar, mas infelizmente a possibilidade de greve foi ignorada pela prefeitura. Os educadores mostraram nesta assembléia que tem poder de força, união e de decisão", disse Elis Raik.
Companheiros, agora é a hora! Vamos debater com a sociedade e convencer a todos da importância dos educadores no processo educacional que até hoje tem sido desconsiderado pela atual administração. O próximo encontro será a partir das 8h na sede do sindicato na 110 norte - Palmas -TO.