Escrito por: Redação CUT
A paralisação tem como pauta central cobrar valorização salarial do governo Tarcísio de Freitas
Professores e professoras da rede estadual de São Paulo decidiram realizar uma nova greve nesta sexta-feira (9) para cobrar do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) a valorização salarial da categoria. Uma assembleia está marcada às 16h, na Praça da República, centro da capital paulista.
Durante a mobilização, os professores vão avaliar as negociações com a Secretaria da Educação e decidir sobre a continuidade da greve. O governo Tarcísio de Freitas enviou proposta de reajuste de 5% para a Assembleia Legislativa de São Paulo, mas a categoria de professores da rede quer, no mínimo, o valor de 6.27%, que é o reajuste do piso salarial nacional.
A decisão da greve já estava tomada deste o dia 25 de abril durante uma assembleia da categoria convocada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), realizada no vão livre do Masp, na capital paulista. Segundo o sindicato, a decisão pela nova paralisação acontece após o governo do estado recorrer à Justiça contra a greve.
Os professores também querem atribuição de aulas mais justa, a convocação de 44 mil professores concursados, aceleração e ampliação do número de escolas climatizadas, entre outras reivindicações.
Pautas de reivindicações
Entre as principais reivindicações dos professores da rede pública de São Paulo estão:
- Reajuste imediato de 6,27% no salário base, referente à atualização do Piso Salarial Profissional Nacional, para todos os professores, ativos e aposentados, com impacto na carreira;
- Descongelamento do reajuste de 10,15%, garantido por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2017, mas ainda não concedido pelo governo estadual;
- Atribuição de aulas justa, presencial e transparente.
- Plano de reposição do poder de compra dos salários dos docentes;
- Climatização das salas de aula em toda a rede estadual, diante das sucessivas ondas de calor que afetam alunos e professores.
- Reabertura de classes fechadas (sobretudo no noturno)
- Máximo de 20 estudantes por classe
- Direito dos professores se alimentarem nas escolas
- Contratação direta pelo Estado dos professores e demais profissionais da educação especial, sem terceirização.
- Fim das privatizações e da militarização das escolas
De acordo com a Apeoesp, “é preciso que seja revisto o período de atribuição de aulas, com regras justas, transparentes, de acordo com a ordem de classificação por tempo de serviço, provas e títulos. E que a recondução seja feita por vontade dos professores, de acordo com a ordem de classificação, sem vetos”, diz o informativo da Apeoesp que completa: “continuamos na luta pela devolução dos valores descontados dos aposentados e pensionistas durante o confisco, que derrubamos em 2022 na Assembleia Legislativa.
Luta por instalação de CIPAs
Os professores da rede pública de São Paulo também reforçam a luta pela instalação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) em cada escola.
“Reiteramos nossa luta por uma CIPA em cada escola. Essa e outras questões, como estabilidade para o professor que participa da CIPA, condições para esta participação, dispensa de ponto para visitas às escolas, assessoria técnica e outras, estão sendo discutidas pela Apeoesp na Justiça”, informa o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).
De acordo com a Apeosp, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou que “que em função de instabilidade no sistema, o prazo de inscrição dos candidatos passou a ser 9 de maio e a a divulgação dos inscritos será feita em 12 de maio”.
O início da campanha eleitoral da CIPA será em 13 de maio.