Escrito por: Prefeito de Piau persegue trabalhadores e é alvo de campanha de repúdio

Prática anti-sindical

Em Piau, cidade com pouco mais de 3 mil habitantes que fica na Zona da Mata Mineira, o prefeito ex-pefelista Carlos Alberto Lopes quer implementar relações de trabalho bastante parecidas àquelas que existiam quando da chegada de Dom João VI ao Brasil. Além de perseguir trabalhadoras e trabalhadores com corte de ponto e afastamento, Lopes também apela para agressões físicas.

Por este motivo, o Sindicato dos Servidores e do Magistério de Piau está acionando o prefeito na Justiça por prática anti-sindical e também está promovendo uma campanha para colher moções de repúdio. O presidente do sindicato, Vladimir Mourão, pede que as mensagens de solidariedade aos servidores municipais e de condenação da atitude do prefeito sejam enviados para o endereço eletrônico sindicato.piau@bol.com.br. Para quem quiser telefonar diretamente para a prefeitura, o número é (32) 3254 1123. Já a Câmara Municipal atende no número (32) 3254 1131.

Segundo a Regional Zona da Mata/MG, o prefeito Carlos Alberto Lopes sempre procurou intimidar os dirigentes sindicais com retaliações e todo o tipo de perseguição. O ano de 2007 foi marcado pela agressão física do prefeito contra os dirigentes sindicais em uma Audiência Pública da Câmara Municipal.

Primeiramente o prefeito tentou agredir uma companheira da direção do sindicato e foi imediatamente interrompido pelo companheiro Vladimir Mourão, presidente do sindicato. Como se isso não bastasse, o prefeito suspendeu o companheiro Vladimir Mourão de seu cargo e função na prefeitura por 30 dias, reduzindo sua remuneração em 30%.

"Enquanto lutamos pelo direito de negociação coletiva no setor público e contra tentativas de restringir o direito de organização dos servidores, há diversos prefeitos e governadores que agem de maneira autoritária, reacionária. E algo que não podemos admitir", afirma o presidente da CUT, Artur Henrique. Para a presidenta da Confetam (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal), Graça Costa, a "violação dos direitos sindicais e trabalhistas é inaceitável, a pior forma de ataque. Vamos nos colocar à disposição do sindicato para todas as medidas necessárias, no Ministério Pùblico e onde for", afirmou ela. A Executiva Nacional da Confetam, reunida desde ontem (21) em São Paulo, vai emitir uma nota de solidariedade na tarde desta terça.

Maiores informações com o presidente do Sindicato, Vladimir Mourão (32) 3254-1300.