Tania Regô/Agência Brasil
Após o silêncio do Governo do Estado sobre a vacinação dos bancários, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco realiza mais uma vigília em frente ao Palácio do Governo, nesta quinta-feira (1º/7), às 6h, e convoca uma nova assembleia geral para a próxima segunda-feira (5/7), às 19h, online. A indicação é pela paralisação das atividades por 24 horas, no dia 8 de julho, em defesa da imunização da categoria bancária, que foi considerada essencial durante a pandemia. O protesto irá cobrar uma resposta ao pedido apresentado pelo Sindicato em reunião com a secretaria de Saúde e da Casa Civil. Na ocasião, os representantes do governo do Estado assumiram o compromisso com o Sindicato de realizar uma reunião para retorno sobre a viabilidade da vacinação dos trabalhadores do setor bancário, após 48 horas do envio pelo Sindicato do levantamento de dados sobre o total de bancários e terceirizados que ainda não foram vacinados em cada município pernambucano. "Enviamos as informações solicitadas no dia 22 de junho, fruto de uma força tarefa que envolveu Sindicato, bancários e a Fenaban. Mas, o Governo de Pernambuco não cumpriu com a sua parte do acordo, assim como não retornou ao ofício, e-mail e às diversas tentativas de contato realizadas pelo Sindicato. Essa postura de indiferença do Governo do Estado revela desrespeito aos (às) bancários (as) do Estado. Vamos intensificar a mobilização, pois é uma luta pela vida", afirma a presidenta do Sindicato, Suzi Rodrigues. A categoria bancária foi considerada essencial pelo Decreto 10.282/2020, mas não está contemplada pelo calendário de vacinação de Pernambuco. A aprovação pela Câmara dos Deputados do PL 1011/20, que estabelece a inclusão dos bancários como prioritários no Plano Nacional de Imunização (PNI) foi um importante avanço nesta luta, fruto da mobilização da Contraf-CUT e Sindicatos filiados, e deverá ser aprovado em breve no Senado. Porém, o Governo de Pernambuco já poderia ter incluído a categoria bancária na prioridade com sua autonomia administrativa. "Os bancários não pararam de trabalhar desde o início da pandemia, expostos à contaminação em agências superlotadas, para garantir os serviços à população, aos municípios e ao próprio Estado. Agora, como o governo não cumpriu com sua palavra, vamos realizar ações contundentes, pela vida dos bancários. A participação de toda categoria é decisiva neste momento", conclui o presidente eleito, Fabiano Moura.