Escrito por: CNTSS/CUT
Fundação do SINSSP demonstra vontade da categoria
Pedro Totti, presidente do SINSSP
Entrevistamos seu presidente Pedro Totti, 42 anos, casado, formado em Administração de Empresas, 22 anos de Previdência.
Cntss/Cut -Porque um Sindicato só de trabalhadores do INSS e da Previdência Social?
Pedro -Porque é a maior vontade da nossa categoria ter um Sindicato somente do INSS e Previdência. Percorremos o estado de São Paulo todo. Estivemos do Vale do Paraíba a Presidente Prudente e o que nos escutávamos era : "temos que ter um sindicato só nosso". Foi o que aconteceu no dia 19/09, fizemos o que a categoria queria. Estamos realizando um desejo da base e dando a oportunidade dela definir seus rumos com um instrumento próprio de luta.
Quantos servidores existem hoje nestes segmentos?
Pedro -No estado de São Paulo somos aproximadamente 17 mil trabalhadores entre ativos e aposentados.
O que significa a criação do SINSSP?
Pedro -A criação do SINSSP veio para buscar a unidade da categoria (técnicos, analistas, médicos) dentro da Previdencia. Antes estávamos todos juntos Saúde (ex-inamps) e Previdência (INPS e IAPAS) em um mesmo Ministério. Hoje estamos separados e há a necessidade que cada seguimento possa decidir seus rumos sem que haja interferência do outro. O SINSSP surge para aglutinar, discutir, elaborar e encaminhar propostas relacionadas a Previdência. Isso não significa que deixaremos de apoiar a luta de outras categorias, mas a nossa prioridade será defender os trabalhadores do INSS e Previdência.
Outra diferencial importante que o SINSSP pretende adotar é o processo de negociação independente de qual governo. Sabemos que o SINSSP nasce forte por ser um desejo da categoria e também por já nasce cutista, faz parte da maior central sindical da America Latina que é a CUT. Isso para nós é um grande diferencial, pois, a CUT tem demonstrado ao longo dos anos toda a sua capacidade de lutar pelos trabalhadores, principalmente agora que enverga a luta pela redução da jornada de trabalho. Essa é uma das bandeiras que estaremos negociando junto ao Governo que é a nossa jornada de 30 horas e temos há certeza que a CUT poderá influenciar decisivamente nesta questão.
Quais os maiores desafios do SINSSP?
Pedro - O principal desafio do SINSSP é mostrar que é possível traçar política para a categoria fugindo do que foi construído ao longo de vários anos. Isso não significa que estamos renunciando ao que foi feito, mas é preciso avançar.
O SINSSP surgiu para colocar o Sindicado na mão dos trabalhadores da previdência. O que quero dizer é que decisão sempre será da base, é ela que vai apontar o caminho que temos que seguir e nós vamos executar.
Quais os planos de lutas do SINSSP?
Pedro - Queremos estar inseridos e discutindo todos os anseios dos trabalhadores da Categoria, como :
•· - Carreira exclusiva de Estado;
•· - Ter como meta a jornada de 30 horas;
•· - Discutir a saúde do trabalhado;
•· - Queremos criar uma mesa de negociação no âmbito do Estado com a Gerente Regional;
•· - Melhores condições de trabalho;
•· - Lutar pela incorporação de todas as gratificações;
•· - Lutar pela mudança de valores das GDASS, 70% variável é inceitável;
•· - Lutar pelo aumento dos valores do vale-refeição;
•· E muitas outras reivindicações como transporte, creche e per capta da GEAP e de todos os benefícios.
O SINSSP vai propor uma mesa de negociação, na Superintendência do INSS para discutir os problemas dos servidores do Estado de São Paulo, uma mesa que dê respostas e resoluções às questões do trabalhador.