Escrito por: CNTSS/CUT

Por que um sindicato só do INSS/Previdência?

Fundação do SINSSP demonstra vontade da categoria

Pedro Totti, presidente do SINSSPEm Assembléia realizada, 19 de setembro, com a presença de  centenas de trabalhadores e trabalhadoras do Seguro Social e da Previdência Social, representantes da CUT Nacional; CUT Estadual; CNTSS/CUT; Sindicato dos Bancários de São Paulo; Sindicato dos Psicólogos; SindSaúde/SP e Sindicato do Metalúrgicos do ABC, Federações do ramo em São Paulo, SindGuarda de São Paulo; São Caetano, Mauá, Ribeirão Pires e SindMercados e servidores de várias regiões do estado, foi fundado o Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo- SINSSP.

Entrevistamos seu presidente Pedro Totti, 42 anos, casado, formado em Administração de Empresas, 22 anos de Previdência.

Cntss/Cut  -Porque um Sindicato só de trabalhadores do  INSS e  da Previdência Social?

Pedro -Porque é a maior vontade da nossa categoria ter um Sindicato somente do INSS e Previdência. Percorremos o estado de São Paulo todo. Estivemos do Vale do Paraíba a Presidente Prudente e o que nos escutávamos era : "temos que ter um sindicato só nosso".  Foi o que aconteceu no dia 19/09, fizemos o que a categoria queria. Estamos realizando um desejo da base e dando a oportunidade dela definir seus rumos com um instrumento próprio de luta.  

Quantos servidores existem hoje nestes segmentos?

Pedro -No estado de São Paulo somos aproximadamente 17 mil trabalhadores entre ativos e aposentados.

O que significa a  criação do SINSSP?

Pedro -A criação do SINSSP veio para buscar a unidade da categoria (técnicos, analistas, médicos) dentro da Previdencia. Antes estávamos todos juntos Saúde (ex-inamps) e Previdência (INPS e IAPAS) em um mesmo Ministério. Hoje estamos separados e há a necessidade que cada seguimento possa decidir seus rumos sem que haja interferência do outro. O SINSSP surge para aglutinar, discutir, elaborar e encaminhar propostas relacionadas a Previdência. Isso não significa que deixaremos de apoiar a luta de outras categorias, mas a nossa prioridade será defender os trabalhadores do INSS e Previdência.

Outra diferencial importante que o SINSSP pretende adotar é o processo de negociação independente de qual governo. Sabemos que o SINSSP nasce forte por ser um desejo da categoria e também por já nasce cutista, faz parte da  maior central sindical da America Latina que é a CUT. Isso para nós é um grande diferencial, pois, a CUT tem demonstrado ao longo dos anos toda a sua capacidade de lutar pelos trabalhadores, principalmente agora que enverga a luta pela redução da jornada de trabalho. Essa é uma das bandeiras que estaremos negociando junto ao Governo que é a nossa jornada de 30 horas e temos há certeza que a CUT poderá influenciar  decisivamente nesta questão.   

Quais os maiores desafios do SINSSP?

Pedro - O principal desafio do SINSSP é mostrar que é possível traçar política para a categoria fugindo do que foi construído ao longo de vários anos. Isso não significa que estamos renunciando ao que foi feito, mas é preciso avançar.

O SINSSP surgiu  para colocar o Sindicado na mão dos trabalhadores da previdência. O que quero dizer é que  decisão sempre será da base, é ela que vai apontar o caminho que temos que seguir e nós vamos executar.

Quais os planos de lutas do SINSSP?

Pedro - Queremos estar inseridos e discutindo todos os anseios dos trabalhadores da Categoria, como :

•·      - Carreira exclusiva  de Estado;

•·       - Ter como meta a jornada de 30 horas;

•·        - Discutir a saúde do trabalhado;

•·       - Queremos criar uma mesa de negociação no âmbito do Estado com a Gerente Regional;

•·      - Melhores condições de trabalho;

•·      - Lutar pela incorporação de todas as gratificações;

•·      - Lutar pela mudança de valores das GDASS, 70% variável é inceitável;

•·      - Lutar pelo aumento dos valores do vale-refeição;

•·    E muitas outras reivindicações como  transporte, creche e per capta da GEAP e de todos os benefícios.

O SINSSP vai propor uma mesa de negociação, na Superintendência do INSS  para discutir os problemas dos servidores do Estado de São Paulo, uma mesa que dê respostas e resoluções às questões do trabalhador.