Escrito por: Walber Pinto

Plenárias estaduais da CUT debatem emprego, direitos e soberania nacional

Nos dias 21, 22 e 23, encontros na Bahia, Rio Grande do Sul, Tocantins, Amazonas e Goiás definem planos de luta e elegem delegados para a 17ª Plenária Nacional, em outubro

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Entre os dias 21, 22 e 23 de agosto, a CUT Bahia, CUT Rio Grande do Sul, CUT Tocantins e CUT Amazonas promovem suas plenárias estaduais em diferentes regiões do país. Os encontros fazem parte do calendário de debates preparatórios rumo à 17ª Plenária Nacional da CUT, que será realizada em outubro, em São Paulo, reunindo centenas de delegados e delegadas de todo o Brasil.

Além de definir o plano de lutas para o próximo período, as plenárias estaduais têm como objetivo atualizar a estratégia de organização da classe trabalhadora diante dos desafios econômicos, sociais e políticos do momento. Também elegem delegados e delegadas que representarão as bases estaduais na etapa nacional.

A Plenária Nacional da CUT ocorre a cada dois anos, no intervalo entre os congressos da Central. Em 2025, as etapas estaduais começaram em 10 de julho e seguem até 31 de agosto.

Bahia

Na Bahia, a abertura da 13ª Plenária Estadual da CUT-BA acontece nesta sexta-feira (22), em Salvador, reunindo dirigentes sindicais e representantes de diversas categorias, como professores, petroleiros, comerciários e trabalhadores rurais. A atividade, que vai até sábado (23), será híbrida (presencial e virtual), no Instituto Anísio Teixeira (IAT).

A expectativa é de um debate intenso sobre o impacto das privatizações e a defesa de políticas públicas voltadas à geração de emprego no estado.

Rio Grande do Sul

No Rio Grande do Sul, a 17ª Plenária Estadual da CUT-RS será realizada nesta sexta (22) e sábado (23), no Salão de Atos Pompéia, na Rua Barros Cassal, nº 220, próximo à sede da Central, em Porto Alegre.

O encontro reunirá dirigentes, delegados e delegadas eleitos em assembleias de base para debater a conjuntura, fortalecer a organização sindical e construir coletivamente um plano de lutas estadual alinhado às diretrizes da CUT Nacional.

Tocantins

Em Palmas, a CUT Tocantins abre sua plenária estadual neste sábado (23), no auditório do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Tocantins (Sintet), com a presença de representantes de sindicatos urbanos e rurais.

Goiás

Já a 17ª Plenária Estadual da CUT Goiás será realizada nesta sexta-feira (22), a partir das 9h. O evento terá inscrições prévias e contará com debates sobre a redução da jornada de trabalho sem corte salarial, o fim da escala 6x1, a taxação de grandes fortunas e a defesa da soberania nacional.

Amazonas

No Amazonas, a plenária acontece em Manaus e reúne trabalhadores da Zona Franca, do setor de serviços e servidores públicos. Entre os temas em destaque estão a defesa da floresta e dos povos amazônicos, além das condições de trabalho nas indústrias do polo industrial. Nos dias 22 e 23, o evento será híbrido, no Sindicato dos Metalúrgicos, na Rua Duque de Caxias, 958, Praça 14 de Janeiro.

Rumo à 17ª Plenária Nacional

As plenárias estaduais fazem parte de um processo democrático construído ao longo de 2025. Cada encontro elege delegados e delegadas que levarão as demandas regionais para a 17ª Plenária Nacional da CUT, considerada o momento máximo de definição das estratégias da Central para o próximo período.

Segundo a direção nacional da CUT, essas etapas estaduais são essenciais para garantir que a diversidade da classe trabalhadora brasileira esteja representada nos debates nacionais.

A 17ª Plenária Nacional da CUT tem os seguintes objetivos estratégicos

a) Atualizar a reflexão acerca da conjuntura internacional e nacional e seus impactos para a classe trabalhadora e para a organização sindical;
b) Fortalecer o sindicalismo cutista com a valorização da negociação coletiva e atualização da organização sindical;
c) Fortalecer o protagonismo da CUT na reconstrução e transformação do Brasil, da democracia, dos direitos e da soberania;
d) Fortalecer a intervenção da CUT na reconstrução do desenvolvimento econômico sustentável e combate à desigualdade;
e) Realizar alterações estatutárias;
f) Elaborar a estratégia e o plano de lutas para o próximo período