Escrito por: Talita Cazari - CUT SP

Plenária da CUT-SP começa com recado forte de parlamentares e do ministro Marinho

Abertura reuniu Vicentinho, Professora Bebel, Luiz Claudio Marcolino e o ministro Luiz Marinho, além de dirigentes da CUT-SP

CUT SP

A Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT-SP) deu início nesta sexta-feira (18) à sua 17ª Plenária Estatutária, reunindo mais de 300 delegados e delegadas sindicais de todo o estado. A abertura contou com a presença de parlamentares, do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e de dirigentes da Central, que reforçaram a importância da mobilização sindical diante dos desafios políticos e econômicos do país.

O presidente da CUT-SP, Raimundo Suzart, deu as boas-vindas e destacou que a Plenária é um momento decisivo para fortalecer a organização da classe trabalhadora e afiar as estratégias de luta.

O deputado federal Vicentinho (PT-SP) ressaltou o papel estratégico da organização sindical na defesa dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, especialmente diante das ameaças que se impõem no atual cenário político.

A deputada estadual Professora Bebel (PT-SP) celebrou a proposta do Governo Federal de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, medida que beneficiará diretamente os professores e pode ser considerada, segundo ela, “um 14º salário, um presente merecido para quem dedica a vida à educação pública”.

O deputado estadual Luiz Claudio Marcolino (PT-SP) alertou para os impactos negativos do tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A medida ameaça milhões de empregos, especialmente em São Paulo. “A relação comercial com os EUA gera cerca de 3,2 milhões de empregos no Brasil. As cidades mais afetadas serão São José dos Campos, Piracicaba, Santos, São Paulo, Jundiaí, Campinas e Sorocaba”, afirmou.

Encerrando a mesa, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, destacou que o estado de São Paulo concentra a maior participação no PIB brasileiro, o que reforça sua importância estratégica para o desenvolvimento do país. Ele também apresentou programas do Governo Federal voltados à geração de emprego e renda, ressaltando os avanços já alcançados e os desafios ainda presentes. Marinho chamou atenção para a realidade da juventude brasileira e a necessidade de políticas públicas que garantam acesso ao mercado de trabalho com direitos e oportunidades. “Nosso compromisso é com o trabalho digno, especialmente para a juventude, que precisa enxergar um futuro promissor no mundo do trabalho”, afirmou.

A dirigente Solange Ribeiro, secretária do Meio Ambiente da CUT-SP, também participou da abertura e destacou a importância da força do movimento sindical como pilar essencial para garantir direitos e promover transformações estruturais no país. “Sem organização sindical forte, não há avanço social nem proteção ao trabalhador”, afirmou.

A plenária segue até sábado (19) com debates sobre conjuntura, estratégias de mobilização e organização da CUT-SP, em preparação para a 17ª Plenária Nacional da CUT, marcada para outubro.