Pentágono admite que EUA invadiram o espaço aéreo venezuelano

Fontes do Pentágono confirmaram nesta segunda-feira (19) que um avião de vigilância da Marinha norte-americana violou o espaço aéreo da Venezuela. A invasão havia sido denunciada, horas antes, por dois ministros venezuelanos - Gustavo Rangel (Defesa) e Nicolas Maduro (Relações Exteriores).Segundo Rangel, o avião teria sobrevoado as ilhas de Orchila e de Aves, ao norte do país, sem autorização das Forças Armadas venezuelanas. Para ele, essa incursão representa "mais um degrau na escala de provocações", as quais o governo venezuelano atribui aos Estados Unidos e ao principal aliado destes na região - a Colômbia.Conforme as fontes do Pentágono, o avião era um S-3 Viking, com base em Curaçao, que sobrevoou o território venezuelano no sábado à noite, na zona do arquipélago de Los Roques. O S-3 Vinking é um bimotor concebido originalmente como avião de luta anti-submarina que hoje é utilizado em operações de vigilância marítima e de abastecimento em vôo.Na versão americana, o fato ocorreu porque houve "problemas no sistema de navegação" da aeronave, que realizava um "exercício de treinamento" de um programa de luta contra o narcotráfico. O ministro Nicolas Maduro informou, no entanto, que o chanceler dos Estados Unidos, Patrick Duddy, foi convocado para dar explicações a respeito do caso e também sobre as "últimas declarações" de funcionários norte-americanos contra o governo do presidente Hugo Chávez. De acordo com o governo venezuelano, os Estados Unidos estariam interessados em gerar uma guerra na região através da Colômbia, que na sexta-feira passada entrou sem permissão na Venezuela com 60 militares comandados pelo subtenente Jhonny Ocampo Jurado. O tema da incursão do exército colombiano no Equador para atacar o acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) também será abordado no encontro entre os chanceleres.www.vermelho.org.br