Escrito por: William Pedreira com informações do Brasília Confidencial
Movimento Estadual contra os Pedágios Abusivos para rodovias paulistas contra alto número de praças e altas tarifas
Escolhidopelo Movimento Estadual contra os Pedágios Abusivos do estado de São Paulo comoo Dia da Luta Contra os Pedágios Abusivos, este 1º de julho foi marcado por protestosem várias regiões do estado. Desde às 6 horas desta quinta-feira, militantes detodo estado se reuniram nas rodovias Castelo Branco, RaposoTavares, Anhanguera, Santos Dumont e na Estrada Velha de Campinas para arealização de passeatas e paralisações de corredores rodoviários.
Omovimento aproveitou o dia em que as tarifas dos 227 pedágios nas rodoviaspaulistas foram reajustadas em 4,18% e 5,22% para alertar e mobilizar a sociedadesobre essa política intransigente do governo estadual, em beneficio doclientelismo, ou seja, em favor das concessionárias.
Segundoinformações do secretário de Política Sindical e Organização da CUT-SP, MarceloRenato Fiorio, que esteve presente ao ato na Avenida Presidente Vargas, saídapara a Rodovia SP-075, em Indaiatuba, cerca de 100 pessoas participaram da paralisação do pedágio. “Isso mostra o descontentamento edisposição do povo em lutar contra o número de pedágios e os preços abusivos cobradosno estado de São Paulo.” Para ele, as tarifas abusivas estabelecem gravesbarreiras ao desenvolvimento econômico, social e cultural dos municípios.
Governos tucanosmultiplicaram praças e preços
Oprocesso de concessões rodoviárias desenvolvido pelos sucessivos governostucanos de São Paulo quintuplicou o número de praças de pedágio no estado. Em1997, havia 40 praças – todas sob gestão estatal. Agora são 227 – e todas sobconcessão privada. Significa que, em 13 anos, os governos do PSDB autorizaram aoperação de 187 novos postos de cobrança. Só o Governo Serra autorizou, em trêsanos, o funcionamento de mais de 80 novas praças de pedágio.
Umestudo realizado pela bancada do PT na Assembléia Legislativa mostrou que, parao usuário, o quilômetro das rodovias estaduais é o mais caro do Brasil e domundo. O valor em São Paulo é, no mínimo, oito vezes maior do que o cobrado emestradas federais.
Deacordo com as contas petistas, a proliferação de praças de pedágio “ocasionaalto custo para os usuários, que recebem nas altas tarifas o ônus pago pelasconcessionárias ao Estado, o custo financeiro da antecipação de receita e aexigência de lucratividade maior nos contratos. O aumento provocado no valordos fretes onera toda a economia paulista”.
Representação
O Movimento Estadual contra os Pedágios Abusivos do estado de São Paulo écomposto por organizações sindicais, entre elas a CUT, movimentos sociais, populares,comunidades locais, parlamentares, entre outras representações.