Escrito por: CUT Nacional
Conferência que acontece em julho quer propor mais justiça social e cooperação nas relações internacionais
Por iniciativa do recém-criado Grupo de Reflexão em Relações Internacionais – conjunto de acadêmicos e de representantes de partidos políticos de esquerda e de movimentos sociais –, acontece na terceira semana de julho a Conferência Nacional “2003-2013: Uma Nova Política Externa”.
A conferência, que será sediada no campus da Universidade Federal do ABC (UFABC) entre 15 e 18 de julho, pretende fazer um balanço das relações internacionais brasileiras nos últimos dez anos e propor mudanças que aumentem o grau de democratização e transparência na política externa do País.
A CUT participa desse GT e é apoiadora dessa Conferência. Assim, teremos número de vagas que foram distribuídas, conforme deliberação da Executiva Nacional, pelos dirigentes/as e assessorias que lidam com essa temática, em número de 40. Essas inscrições terão seus custos arcados pela CUT. Confirmações devem ser efetuadas para cut@cut.org.br e darlene@cut.org.br até o dia 20 de junho para que possamos providenciar a inscrição.
Artur, Rubens, Iole, Giorgio, Maria Regina e Graciela
“Lembrando que a própria realização dessa conferência já é um passo, uma contribuição, nesse sentido”, afirmou o reitor da UFABC, Giorgio Romano. Os mais de 70 integrantes do GR-RI, que propôs a conferência, já realizaram sete rodadas de debate para formular propostas. “Já a conferência”, explicou o secretário-adjunto de Relações Internacionais da CUT e presidente do Instituto de Cooperação da Central, “quer promover o envolvimento da sociedade nessa tarefa e que as propostas com esse objetivo surjam de forma clara, consolidada, para a construção dos instrumentos e ferramentas de democratização da política externa brasileira”.
A conferência será transmitida ao vivo, com imagens geradas pela TVT e distribuídas em diferentes canais web. Embora o GR-RI tenha participação de ex-integrantes do governo Lula, como Luis Dulci e Paulo Vannuchi, durante a conferência será a primeira vez que o governo federal vai participar, representado pelos ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e Celso Amorim, da Defesa. Uma palestra do ex-presidente encerrará o encontro.
Maria Regina Soares de Lima, professora de Estudos Sociais e Políticos da UERJ – IESP/UERJ e coordenadora do Observatório Político Sul- Americano, da mesma universidade, disse que em toda a sua carreira de pesquisadora jamais presenciou a realização de uma conferência como essa. “Seja pelo momento que vivemos nessa área, em que o Brasil ampliou seu raio de ação e redescobriu a América Latina como prioridade em sua política externa, seja pelo número de atores sociais que estarão envolvidos”.
“Antes, a política externa brasileira era uma caixa preta, desconhecida da sociedade, voltada para um tal de interesse nacional que nunca foi debatido publicamente. E voltado quase unicamente para as questões econômicas e comerciais”, lembrou Graciela Rodrigues, da Rebrip (Rede Brasileira pela Integração dos Povos).
Grupo de Reflexão em Relações Internacionais reunido na CSA
Iole Ilíada, vice-presidenta da Fundação Perseu Abramo, do PT, disse que a conferência é a primeira a reconhecer que os movimentos sociais e as entidades da sociedade civil, “por suas características e formas de luta, também agem nas relações internacionais”. E destacou a presença do Foro de São Paulo nos quatro dias de debate. “O Foro tem reunido ao longo dos anos as forças de esquerda e progressistas de nosso continente e muito contribuiu para as mudanças que experimentamos hoje”.
Para saber mais detalhes sobre a conferência, acesse www.conferenciapoliticaexterna.org.br.