Montagem industrial de São Paulo

Sindicatos cutistas da construção reivindicam piso salarial de R$ 1.240,00

Lideranças da construçãoOs 19 sindicatos cutistas de operários da construção civil do Estado de São Paulo estão mobilizados em defesa do piso salarial de R$ 1.240.00 para os trabalhadores da montagem industrial. Ainda sem responder a esta reivindicação, o Sindicato patronal (SInduscon) já concordou em aumentar a cesta básica da categoria de 30 quilos para 36 quilos de alimentos e em distribuir gratuitamente protetor solar para todos os trabalhadores.

Convocados pela CUT estadual, diretores da Federação Solidária da Construção Civil do Estado de São Paulo e dos Sindicatos de São Bernardo, Santo André e Mogi das Cruzes estiveram presentes na tarde de sexta-feira na sede da Central Única dos Trabalhadores para reagir frente à criação de sindicatos de carimbo que estão tratando de se apropriar o imposto sindical dos trabalhadores da base.

Na oportunidade, relataram a mobilização existente nos canteiros de obras para garantir a melhoria. Em São Caetano, na segunda-feira, haverá paralisação, conforme aprovação dos operários, que estão realizando assembléias em todo o Estado para aumentar a pressão sobre os patrões.

"Embora seja este o setor mais qualificado da categoria, cujo trabalho exige mais conhecimentos técnicos, seus operários ainda não têm um Piso no Estado de São Paulo, o que acaba produzindo enormes injustiças e distorções. Nossa ação junto aos empresários e ao Sinduscon é para que estes companheiros tenham a sua mão-de-obra valorizada", declarou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira (Conticom/CUT), Waldemar Pires de Oliveira.

De acordo com Admilson Lúcio Oliveira, presidente da Federação Solidária da Construção, "garantir o piso comum para os trabalhadores em montagem industrial, com valores dignos é a questão essencial neste momento, daí a importância da mobilização unificada dos nossos Sindicatos filiados". Segundo Admilson, há muitos "pisos políticos", parâmetros informais que não estão assegurados por Convenção Coletiva e que precisam ser garantidos, para não dar margem a retrocessos, como é o caso das cidades de Bauru e Botucatu. "Nos acordos por empresa, podemos melhorar o piso, mas o essencial é ter uma boa base", ressaltou o dirigente da Federação cutista, frisando que neste momento "é chave ter uma boa comunicação com a categoria, por isso vamos investir na informação como instrumento de conquista". "O setor está aquecido, as perspectivas são boas e é preciso que os companheiros tenham esta compreensão e consciência para que lutem por aumentos reais expressivos", declarou.

Estiveram presentes nesta sexta à sede da Central Única dos Trabalhadores os dirigentes Luiz Carlos José de Queiroz, do Sindicato de Mogi das Cruzes (Sintramog) e secretário de Política Sindical da Conticom; Cladeonor Neves da Silva, coordenador da subsede da CUT no ABC; Carlos Menegueti, diretor do Sindicato de Santo André e Josimar Bernardes, presidente do Sintramog.