Escrito por: Walber Pinto
Autoridades estiveram presentes na Plenária da Classe Trabalhadora em apoio às reivindicações que constam na pauta a ser entregue ao presidente Lula, ao Congresso Nacional e ao Judiciário
Os ministros do Trabalho Luiz Marinho e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, e deputados federais do PT estiveram presentes na Plenária da Classe Trabalhadora, seguida de uma Marcha ao Congresso Nacional, nesta terça-feira (29), onde serão entregues as reivindicações contidas na pauta da classe trabalhadora. Em seguida, o presidente da CUT Sergio Nobre e representantes das centrais sindicais serão recebidos pelo presidente Lula. (veja mais abaixo).
O ministro do Trabalho destacou a mobilização da sociedade, em especial da classe trabalhadora, para marcar presença nessa jornada, chamando a atenção dos governos de maneira geral, do Congresso Nacional, do Judiciário, para as demandas importantes que precisam ser pautadas, como, por exemplo a correção da tabela do imposto de renda, proposta da CUT e das demais centrais encampadas pelo presidente Lula, que elevou a isenção até dois salários mínimos, mas que agora o desafio é o de elevar essa isenção a partir de janeiro de 2026 até R$ 5 mil. Em contrapartida, cerca de 141 mil brasileiros, os super-ricos, devem pagar por essa isenção que beneficiará 90% dos brasileiros que pagam Imposto de Renda, mas para isso é preciso que o Congresso aprove.
Nós precisamos dessas mobilizações e tantas outras. Você, converse com o seu deputado, você que votou em alguém, deputado, senador, mande a mensagem, cobre. Fale que a sociedade brasileira exige distribuição de renda, exige crescimento da economia, exige continuar gerando empregos. É a menor taxa de desemprego da nossa história, mas é preciso continuar crescendo, gerando empregos e gerando renda, sobretudo, subindo renda- Luiz MarinhoDino Santos“Portanto, fica aí a dica. Contamos com vocês, vamos juntos. 1º de maio está chegando, o Dia Internacional dos Trabalhadores e Trabalhadores. Esperamos que, portanto, esse processo de mobilização leve mais essa conquista para o povo trabalhador”, finalizou Marinho.
O Ministro Márcio Macêdo, que disse ir ao ato em nome do presidente Lula, parabenizou as centrais sindicais pela demonstração de unidade política, o respeito à diversidade, mas com unidade política para esse momento, segundo ele, histórico que é preciso ter pra enfrentar o fascismo e para derrotar a extrema direita e a sua pauta conservadora.
“A marcha de vocês coincide com o momento muito importante da conjuntura que nós estamos vivendo, o que está em debate hoje na sociedade é a disputa dos valores civilizatórios da humanidade, da igualdade, da liberdade, da fraternidade, da justiça social, da igualdade de direitos, da pauta da classe trabalhadora contra o fascismo, o ódio e intolerância”, disse.
Ele destacou ainda que “essa turma não gosta de trabalhadores, de mulheres empoderadas, tem preconceito contra preto, contra comunidade LGBTQI+, mas que a força do povo será capaz de derrotá-la nas urnas”.
Dino Santos“Por outro lado, essa luta coincide com o momento da pauta do movimento sindical, a isenção do imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais foi a proposta dos trabalhadores que o presidente Lula encampou, assim como a luta pela valorização do salário mínimo, pela valorização do serviço público, a luta pela agricultura familiar com recursos que possa levar paz e produção para o campo, a luta pela diminuição da jornada de trabalho e contra essa coisa que é essa escala 6 por 1. Nós estamos do mesmo lado da história e na defesa dos trabalhadores e do povo brasileiro”, afirmou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República.
A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), ressaltou que as propostas da CUT para a redução de jornada sem redução salarial e do fim da jornada 6x1 são civilizatórias.
“O trabalhador está sendo massacrado, e principalmente a mulher trabalhadora com essa jornada. Nós também precisamos permanentemente enfrentar no Brasil a chamada precarização. Isso nos serviços públicos, isso na vida das pessoas. A informalidade é um grave problema que a gente tem”, disse.
Dino SantosRosário lembrou que com o governo do presidente Lula se recuperou uma parte importante dos salários, que vinham sendo defasados ano a ano.
Sobre o setor público, Maria do Rosário destacou que “o trabalhador do setor público, ele luta por salário, luta por dignidade, por condições de trabalho, mas luta também pelo serviço público de qualidade, desde o município até o setor federal”.
“A classe trabalhadora tem condições de viver muito melhor quando tem democracia. Por isso essa jornada hoje aqui, essa marcha, ela também é por democracia, O apoio à democracia é sem anistia, enfim, é por um país que não esteja à mercê dos interesses internacionais e de costas para a nação brasileira. Vamos juntos e juntos aí, juntos e juntas, defender a nossa gente, o nosso povo e a classe trabalhadora. Viva a CUT!”, finalizou a deputada.
O ex-presidente da CUT e atual deputado federal Vicentinho (PT-SP), parabenizou a união das centrais sindicais em defesa dos direitos da classe trabalhadora.
“Tem muitas pautas que têm a ver com o governo, que têm a ver com o parlamento brasileiro, e na minha condição como deputado da classe trabalhadora, me sinto muito confortável, porque o dia a dia aqui não tem sido fácil, embora nós sejamos maioria no Brasil, mas aqui no parlamento a gente é minoria das minorias”, contou.
Dino SantosSobre a Marcha e a Plenária
A Marcha e Plenária são organizadas pela CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB, NCST, Publica e Intersindical Central.
A concentração teve início às 8h, no estacionamento do Teatro Nacional/Praça da Cidadania, seguida de uma Plenária.
A Marcha está saindo agora pela manhã rumo ao Congresso Nacional.
O presidente Lula deverá receber os presidentes das centrais sindicais.
Dino Santos