Escrito por: Eficaz Comunicação

Minas Gerais

CUT estadual tem novo presidente e a primeira mulher como vice

Marco Antônio de Jesus, presidente eleito da CUT/MG
O metalúrgico e presidente da CUT-MG (nos dois últimos anos em mandato de composição) Marco Antônio de Jesus, é o novo presidente da Central Única dos Trabalhadores para o triênio 2009/2012. A eleição aconteceu no último domingo (21) durante o 10º CECUT/MG.

Como vice-presidente foi eleita a sindicalista do Ramo dos Rurais, Tereza dos Santos de Oliveira, que era da Secretaria de Mulheres da CUT/MG e presidente da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf).

Duas chapas concorreram ao pleito (a Chapa 1 - Autonomia Sindical e Luta Sempre) encabeçada por Marco Antônio e a Chapa 2 - Avante CUT, do sindicalista Werneck). Dos 429 delegados inscritos, 364 votaram. A chapa 1 teve 261 votos (71,70% dos votos), a Chapa 2 somou 96 votos (26,37%) e 07 abstenções.


A nova diretoria da Central foi empossada durante o encontro e nos próximos dias será chamada uma reunião ampliada com sindicalistas de vários ramos para definir o plano de lutas e estratégias de ação da CUT para os próximos anos. A delegação do Congresso também decidiu chamar uma plenária especial para tirar os delegados da CUT/MG ao V Encontro de Comunicação da CUT Nacional (Enacom), que por sua vez vai eleger os delegados à I Conferência Nacional de Comunicação, que acontecerá dias 1º. 02 e 03 de dezembro, em Brasília.


Para Marco Antônio, o processo de eleição foi difícil, mas democrático e agora o próximo passo é sentar com os representantes da chapa 2 e principalmente com os bancários (que saíram insatisfeitos do processo) para tentar negociar a participação de todos na consolidação de um projeto de lutas forte para a Central. "A CUT somos todos nós e a nossa unidade é fundamental para que possamos realizar um trabalho amplo em todos os segmentos que representamos), afirmou.


As lutas da CUT, segundo ele, continuam as mesmas e na ordem do dia estão a questão da crise econômica mundial e seus reflexos para a classe trabalhadora, a redução da jornada de trabalho sem redução salarial, a defesa intransigente dos direitos dos trabalhadores, a formação sindical como estratégia para fortalecer o trabalho junto às bases, o embate com o governo neoliberal de Aécio Neves, dentre outros.


Tereza Santos, a primeira mulher a chegar ao cargo de vice-presidente da Central, por sua vez, disse que o trabalho maior será o de construir um projeto de conquistas que contribua para a transformação social e que consolide políticas públicas para os trabalhadores e trabalhadoras. Ela também afirma que vai continuar organizando e conduzindo as lutas dos rurais por meio do movimento sindical e lutando para que os assalariados tenham seus direitos garantidos.