Escrito por: Redação BdF
Com a privatização do metrô, a estimativa é que 1,6 mil trabalhadores sejam demitidos
Os metroviários de Belo Horizonte (MG) seguem em greve por tempo indeterminado. A decisão pela manutenção do movimento foi tomada em assembleia da categoria, realizada na terça-feira (14).
A luta da categoria é pela manutenção dos empregos dos funcionários concursados da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) de Minas Gerais, estatal responsável pelas linhas de metrô da capital mineira, que está em vias de ser entregue para a iniciativa privada.
Em nota, o Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG) afirmou que a proposta apresentada pelo governo federal não atende às expectativas dos trabalhadores. Com a entrega da CBTU à empresa Comporte, que deu o maior lance no leilão da empresa, existe a estimativa da demissão de 1,6 mil funcionários.
“Um ano de estabilidade, como proposto, não é suficiente para os trabalhadores. Eles se prepararam muito para trabalhar no metrô e a expectativa é que pudessem se especializar cada vez mais e permanecessem até à aposentadoria. No entanto, parece que a entrega da empresa é praticamente fato consumado e esses trabalhadores serão demitidos”, destacou o sindicato.
Na próxima quinta-feira (16), os metroviários se reunirão em nova assembleia para avaliar o movimento grevista e deliberar sobre seu futuro. O encontro será às 10h, na Estação Central do metrô da capital mineira.