Escrito por: Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e Oficinas Mecânicas de Joinville e Região
Após a Caio/Induscar apresentar a primeira proposta oficial, na Justiça do Trabalho, para a compra do imóvel e dos maquinários e utensílios existentes oferecendo R$ 40 milhões para arrematar esses bens do Grupo Busscar, a Justiça do Trabalho decidiu mandar reavaliar os bens para analisar a proposta da empresa paulista. Somente após essa reavaliação é que haverá movimentação no processo, segundo informa a Justiça.
A Caio Induscar, com sede em Botucatú (SP), protocolou dia 23 de setembro de 2011 uma proposta oficial na 4ª. Vara da Justiça do Trabalho para a compra do imóvel matricula 61.069 da 1ª. Circunscrição de Joinville, um terreno com área total de 331.735,92 m2, e também todo o complexo fabril existente conforme relação de máquinas e equipamentos, ambos da Busscar S/A. A empresa paulista oferece R$ 40 milhões em 10 parcelas de R$ 4 milhões. O valor estimado dos bens é de aproximadamente R$ 90 milhões com base nos balanços apresentados pela empresa e constantes dos autos.
Segundo o documento, acessível no processo de número 922-10-2011.5.12.0030, a empresa se compromete a constituir empresa autônoma e independente, que deve arrematar e realizar o primeiro pagamento caso a proposta seja aceita pelo Juiz. Outro compromisso que consta na proposta é que assim que tomar posse do imóvel e do parque fabril existente, a empresa iniciará a contratação de trabalhadores para iniciar a produção “diferenciados com uma marca nova para esta unidade”. A Caio/Induscar faz parte do Grupo Ruas, que está com produção a todo vapor em suas unidades.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e Oficinas Mecânicas de Joinville e Região, João Bruggmann, é mais um passo efetivo para que a solução apareça para os trabalhadores, que estão há 18 meses sem ver a cor do dinheiro de seus salários. “É fato que isso é importante, para que não aconteçam desculpas para os valores envolvidos, e que tudo seja bem claro. Queremos é resultado para os trabalhadores, e estamos atentos ao processo, como sempre”, afirma Bruggmann.