Escrito por: CUT-DF

Instrutores de trânsito do Distrito Federal...

Mantendo a intransigência, sindicato patronal não compareceu à audiência no Ministério Público do Trabalho para tentar solucionar a greve

Mais uma vez o Sindauto, sindicato patronal que representantes os donos de autoescolas do DF, não compareceu à audiência no Ministério Público do Trabalho para tentar solucionar a greve dos instrutores de trânsito, que segue para o 25º dia. Diante da intransigência da patronal, que repetidamente afirmou que não vai ceder à reivindicação dos trabalhadores, os instrutores de trânsito, organizados pelo Sieame-DF e pela CUT-DF, ocuparam, na tarde dessa terça-feira (11), o Plenário da Câmara Legislativa e garantiram apoio parlamentar ao movimento grevista.

Os manifestantes aproveitaram a realização da sessão ordinária da Casa e aguardaram o fim da reunião para solicitar que os parlamentares interferissem no processo de negociação entre empresas e trabalhadores. “Estamos sem comer. Queremos nosso vale alimentação. Ajudem a gente, deputados”, gritou um dos instrutores de trânsito da galeria do Plenário.

Assim que a sessão foi finalizada, uma comissão composta pelo presidente do Sieame, Antônio de Sá, o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto, e o secretário de Combate ao Racismo da Central, Marcos Junio, foram recebidos pelo presidente da Câmara, Wasny de Rouri (PT).

“Não dá mais para ficar assim, deputado. O que os trabalhadores querem é dinheiro para comer. Eles já cederam ao reajuste salarial proposto pelos patrões, mas não dá para ficar sem o vale alimentação”, disse ao parlamentar o presidente da CUT Brasília.

Wasny de Roury entrou em contato por telefone com o governador do DF, Agnelo Queiroz, e com o diretor geral do Detran-DF, Jose Alves Bezerra, e se comprometeu a agendar uma reunião com governo, Detran, trabalhadores e donos de autoescolas para esta quarta-feira, 12.

“Queremos que o governo se envolva neste processo; que ele faça licitação para tirar esses picaretas que desvalorizam o trabalhador e coloque empresas que nos respeite”, advertiu o presidente do Sieame, que lembrou que as autoescolas do DF são concessão do governo.