Hinos de luta no SIGTUR
Cantos populares, classistas, no intervalo dos debates são marca destes três dias de encontro
Publicado: 21 Abril, 2010 - 16h55

Os cantos populares que asdelegações africanas puxam a cada intervalo, geralmente nas paradas para almoçoe ao fim do dia, já são uma das marcas registradas destes três dias do 9ºCongresso Regional do SIGTUR.
São músicas classistas, deluta, como "Thimar Senza Ige", que todas as categorias na África do Sul usamcomo hino durante as greves e que foi cantada com entusiasmo no início da tardedesta quarta, 21. Quem explica o significado é a professora sul-africanaDlanini Purdey, que trabalha no Instituto de Educação para Trabalhadores,mantido pela Cosatu, maior central do país: "O título quer dizer algo como ‘éisto que nos fazemos. Nós não trabalhamos, nos não fazemos nada (traduçãoaproximada para "we sit").
O coordenador do Sigtur, oaustraliano Ian Thompson, também não faz por menos e sempre que pode colocamúsicas em MP3 para tocar nos intervalos, como "Stand Together", de seuconterrâneo Bernard Carney. "É uma espécie de música oficial do movimentosindical em meu país", diz Ian, que aproveita para se declarar "entusiasmado"com o encontro no Brasil, o primeiro do Sigtur no continente americano.
Estão presentes delegaçõesde 30 países, a maioria da África (Túnisia, África do Sul, Congo, Quênia, TimorLeste, Serra Leoa, Nigéria, Angola, Senegal e Zâmbia) e Ásia (Indonésia,Tailândia, Filipinas e Coréia do Sul), mais cinco países latinoamericanos(Brasil, Argentina, Colômbia, Bolívia e Paraguai), três europeus (França, Suíçae Portugal), além do Canadá e Austrália.
Na primeira parte da tardedesta quarta, dois painéis discorreram sobre as experiências africana easiática no enfrentamento do colonialismo e formas de o Sigtur - uma união internacionalde sindicatos - pode se inserir daqui para a frente.